LIMEIRA (SP) – O grupo italiano Asja e a brasileira Migratio Bioenergia anunciaram, nesta terça (17/9), que estão investindo R$ 40 milhões na construção de duas usinas de biogás para transformar em eletricidade os resíduos de aterros sanitários da Ecosolo, dos municípios de Campina Grande e Guarabira, na Paraíba.
Com participação de 70% da Asja e 30% da Migratio, ambos os empreendimentos terão potência instalada de 2,5 MW e, juntos, gerarão cerca de 40 GWh/ano para o mercado de geração distribuída (GD).
O primeiro empreendimento deve ser entregue até o final de 2024 em Campina Grande, enquanto a usina de Guarabira tem previsão de ser inaugurada no início de 2025.
Ambas serão interligadas à rede da Energisa Paraíba.
Créditos de carbono na equação
A equação financeira dos dois projetos inclui a previsão de comercializar créditos de carbono no mercado voluntário.
A expectativa é emitir 1,4 milhão de títulos ao longo de 14 anos em Campina Grande, e outros 600 mil créditos em Guarabira.
“A economia circular do biogás representa um modelo sustentável, transformando resíduos orgânicos em fontes valiosas de energia renovável”, afirma Rickard Schäfer, diretor geral da Asja Brasil.
Schäfer explica que as usinas coletam o biogás produzido pelos resíduos, aumentando a segurança do aterro sanitário e melhorando a qualidade do ar, além de promover inclusão social, desenvolvimento econômico e preservação ambiental na região.
* A jornalista viajou a convite e com despesas pagas pelo 3º Encontro Migratio de Energia e Gás (Emeg)