Gás Natural

Bahiagás recebe oferta de três fornecedores de biometano

Distribuidora baiana abriu chamada pública para contratar gás renovável

Gasodutos de distribuição de gás canalizado, na Bahia (Foto: Bahiagás/Divulgação)
Usina de biometano deve estar situada, prioritariamente, nos municípios onde a Bahiagás já possui redes de distribuição – ou onde há redes em implementação (Foto: Bahiagás/Divulgação)

RIO — A Bahiagás recebeu propostas de três fornecedores diferentes de biometano, na chamada pública aberta pela distribuidora baiana de gás canalizado, para contratação do gás renovável.

A concessionária preferiu não revelar o nome das concorrentes. A fase de recebimento de propostas foi encerrada há duas semanas, no dia 12 de julho. Agora a distribuidora vai analisar as propostas recebidas.

A expectativa é que a chamada pública seja concluída em outubro.

A Bahiagás pretende comprar, no mínimo, 2 mil metros m³/dia de biometano em bases firmes, com início de fornecimento até janeiro de 2025.

A usina de biometano deverá estar localizada, de preferência, nos municípios onde a Bahiagás já possui redes de distribuição — ou onde há redes em implementação.

Caso contrário, será de responsabilidade do produtor o transporte de biometano até o ponto de entrega da concessionária , na forma comprimida via carretas.

“Concluímos uma fase importante do processo e estamos com boas perspectivas para avançar nas tratativas sobre o suprimento de biometano”, afirmou o gerente de suprimento de gás e mercado da Bahiagás, Makyo Félix.

A concessionária baiana já é, hoje, a distribuidora estadual com maior número de fornecedores. A Bahiagás tem, atualmente, dez supridores de gás natural.

A maior fornecedora é a Galp, responsável por 24% do volume contratado — seguida pela Shell (20%) e Petrobras (15%). Atualmente, a Bahiagás compra 3,6 milhões de m³/dia de gás.

No final de junho, o governo baiano concluiu a compra da participação da Gaspetro (atual Commit) na Bahiagás por R$ 540 milhões. O estado, que já era o controlador da empresa, com 51% das ações com direito a voto, passou a ter 75%. No capital total, a participação passou de 17% para 57%.

Segundo o secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, o governo vai analisar se vai vender todas as ações da companhia, ou se venderá apenas a parte recém-adquirida da Gaspetro. A decisão ocorrerá apenas em 2023.