RIO — A Petrobras informou nesta segunda-feira (11/7) que a data de início das operações do Projeto Integrado Rota 3, previsto para o segundo semestre de 2022, está sendo reavaliada.
O Projeto Integrado Rota 3 representa a entrada de gás novo no mercado. A Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) terá capacidade para processar cerca de 20 milhões de m³/dia de gás natural do pré-sal – que virá até a costa por meio de um gasoduto de escoamento offshore, o chamado Rota 3.
A revisão do cronograma se dá em função da desmobilização da força de trabalho da empresa SPE Kerui-Método, responsável pelas obras da UPGN do Polo GasLub (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ).
Segundo a Petrobras, as desmobilizações ocorreram nas últimas semanas por decisão unilateral da prestadora de serviços. A obra está paralisada e apenas atividades de preservação dos equipamentos e instalações estão sendo realizadas neste momento.
Petrobras e Kerui-Método travam uma disputa sobre os valores de aditivos ao contrato.
De acordo com o jornal O Globo, a obra foi inicialmente orçada em R$ 1,94 bilhão, mas custará mais de R$ 3 bilhões em razão de problemas gerados pela pandemia, alterações no projeto e variação do dólar.
Os problemas financeiros na construção da UPGN começaram em março de 2020, quando a Prefeitura de Itaboraí solicitou a redução de 70% do efetivo de trabalhadores, em função da pandemia. O lockdown nos portos da China também atrasou a entrega de equipamentos. Cerca de dois mil trabalhadores foram demitidos pela Kerui-Método.
Em nota, a Petrobras afirmou que “está em dia com todos os seus compromissos” e que “empenhou todos os esforços para evitar a paralisação e está avaliando ações para minimizar os impactos à conclusão das obras”.