Meio ambiente

Galp não tem urgência para definir futuro na Margem Equatorial

CEO da Galp no Brasil, Daniel Elias, vê potencial na região e diz que mantém as "opções em aberto", após revés da Petrobras no licenciamento ambiental da Foz

CEO da Petrogal Brasil e Country Chair da Galp no Brasil. Foto: Cortesia
CEO da Petrogal Brasil e Country Chair da Galp no Brasil. Foto: Cortesia

RIO — O presidente da Galp no Brasil, Daniel Elias, afirmou nesta quinta (18/5) que a companhia não tem urgência em tomar decisões sobre o seu futuro na Margem Equatorial, após a negativa do Ibama ao pedido de licença da Petrobras para perfuração no bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas. Segundo ele, a companhia mantém “as opções em aberto”.

A portuguesa tem participações minoritárias, de 10%, em quatro blocos na Bacia de Barreirinhas, na Margem Equatorial, em parceria com a Petrobras. Segundo Elias, a Galp manteve sua presença na região, mesmo diante do histórico de problemas no licenciamento nos últimos anos, porque acredita no potencial dos ativos.

“Retivemos em nosso portfólio porque acreditamos no potencial desses blocos”, disse o executivo à agência epbr, ao ser questionado sobre as dificuldades para o avanço da exploração na região.

“Não tomamos nenhuma decisão correndo. Mantemos sempre as nossas opções em aberto. É muito importante o diálogo e a compreensão entre os vários agentes. Não temos nenhuma urgência em tomar decisões”, completou, sobre os planos da companhia para a região, após o novo revés no licenciamento.

Transição energética impõe janela para exploração

De acordo com o executivo, decisões sobre a emissão ou não de licenças ambientais de áreas exploratórias de óleo e gás são “soberanas, de Estado”, mas é importante dar clareza aos processos.

“É importante que, numa perspectiva de longo prazo, exista um critério bastante claro das decisões e das consequências delas. Isso oferece ao investidor maior clareza nas opções de investimentos”, afirmou.

O executivo lembrou que o grande potencial da Margem Equatorial ficou evidente com as descobertas na Guiana e no Suriname.

No contexto da transição energética, Elias acredita que o Brasil tem um prazo para conhecer o potencial da região.

“Conhecendo esse potencial, isso ajuda a tomar decisões estratégicas sobre a melhor forma de usá-lo”, concluiu.