Diálogos da Transição

G7 anuncia US$ 600 bi para infra sustentável e energias renováveis

E mais: um apelo dos gigantes da energia na França pela economia de combustíveis

G7 anuncia US$ 600 bi para infra sustentável e energias renováveis. Na imagem, reunião de líderes do G7 em Munique, na Alemanha, em 2022 (Foto: Reprodução/Linkedin)
Reunião do G7, com chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, Joe Biden (EUA), Boris Johnson (Reino Unido), Fumio Kishida (Japão), Ursula von der Leyen (União Europeia), Charles Michel (Conselho Europeu), Mario Draghi (Itália), Justin Trudeau (Canadá) e Emmanuel Macron (França), em uma mesa redonda para primeira sessão de trabalho (Foto: Reprodução/Linkedin)

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Diálogos da Transição

Editada por Gabriel Chiappini
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A série de debates dos Diálogos da Transição volta em julho.
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O grupo das sete democracias mais ricas do mundo, o G7, lançou a Parceria para Infraestrutura e Investimentos Globais (PGII, na sigla em inglês), que pretende destinar US$ 600 bilhões para desenvolver infraestrutura sustentável em países em desenvolvimento.

Investimentos incluem projetos de energias renováveis para garantir segurança climática e energética. 

O G7 reúne até amanhã (28/6) lideranças da Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Canadá, Reino Unido e Japão, na cidade alemã Krün.

“Coletivamente, pretendemos mobilizar quase US$ 600 bilhões do G7 até 2027 para investir em infraestrutura crítica que melhore vidas e proporcione ganhos reais para todos os nossos povos”, disse Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

O PGII destaca a necessidade de investimentos em:

  • Mineração por minerais críticos necessários para energias renováveis;
  • Transporte de baixas emissões;
  • Fabricação de baterias;
  • Implantação de novas tecnologias em regiões que ainda não têm acesso a energia limpa.

Os EUA se comprometeram a mobilizar US$ 200 bilhões para o PGII nos próximos cinco anos por meio de capital público e privado.

A União Europeia entrará com mais 300 bilhões de euros até 2027, por meio do programa Global Gateway, anunciado em dezembro do ano passado, e que já possui projetos em andamento para produção de hidrogênio verde no Chile, Egito e Namíbia, por exemplo.

“A Global Gateway está em pleno funcionamento e estamos ouvindo atentamente os países beneficiários para que possamos entender melhor suas necessidades e proporcionar o maior impacto”, disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

E deve impor preço-teto ao petróleo russo

Ainda na esteira de sanções, o G7 espera fechar um acordo para estabelecer um preço-teto de compra do petróleo do país. As discussões dos líderes mundiais também devem incluir o renascimento do acordo nuclear com o Irã, que poderia garantir, em troca, suprimento do petróleo iraniano. (Reuters)

Governos tentam driblar as sucessivas altas do combustível. Os contratos futuros do Brent acumulam alta de mais de 40% este ano, com margens de refino historicamente acima dos preços de referência, enquanto o mercado calcula se o cenário é de recessão e queda brusca; ou escassez e mais inflação.

Cobrimos por aqui: 

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O Energy Talks volta nessa terça, 28 de junho, com Claudia Brun (Equinor), Lavinia Hollanda (Escopo Energia) e Fernanda Diniz (Petrobras):

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Enquanto isso, economizem, por favor Os CEOs da Engie, EDF e TotalEnergies assinam artigo conclamando a população francesa a reduzir o consumo de eletricidade, gás e derivados de petróleo.

“Apelamos à sensibilização e à ação coletiva e individual para que cada um de nós – cada consumidor, cada empresa – mude o seu comportamento e limite imediatamente o seu consumo de energia, eletricidade, gás e produtos petrolíferos”, escrevem Catherine MacGregor (Engie), Jean-Bernard Lévy (EDF), Patrick Pouyanné (TotalEnergies),

O governo francês vem trabalhando em planos de contingência para possíveis cortes no fornecimento de gás russo – que representa cerca de 17% de seu consumo de gás. E, no longo prazo, os CEOs defenderam investimentos maciços em renováveis.

“Continuamos nossos compromissos e ações para acelerar a transição energética. Não é mais apenas um imperativo diante da emergência climática, mas uma resposta aos desafios da soberania energética”, afirmam em artigo. Le Journal du Dimanche .

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) já havia lançado, em março, um plano para reduzir a demanda global de petróleo, transferindo para o consumidor a tarefa de mudar de hábitos.

  • A agência listou dez ações que, se totalmente executadas pelos países ricos, reduziriam a demanda de petróleo em 2,7 milhões de barris por dia em quatro meses — o equivalente ao consumo de todos os carros na China.

Caso tenha perdido… Alemanha e os Emirados Árabes vão fazer novas negociações sobre hidrogênio e energia limpa nesta semana, como estratégia de longo prazo para substituir o gás importado da Rússia. O país europeu é um dos maiores dependentes do combustível russo. Bloomberg

Por outro lado, China e Índia reforçam a compra de petróleo da Rússia, com preço 30% menor que a cotação internacional. Juntos, os dois países compraram cerca de 2,4 milhões de barris de petróleo russo por dia em maio, o que representa metade das exportações da Rússia.

A Índia pode absorver mais 350.000 barris de petróleo russo, ou cerca de um terço a mais do que está importando atualmente, segundo especialistas ouvidos pelo New York Times.

Com a chegada do verão, a China pede aumento da produção de carvão para evitar apagões em massa. O primeiro-ministro, Li Keqiang, pediu maiores “esforços para aumentar a produção de energia de carvão limpo e eficiente”. The Guardian

Para a agenda

28/6 – O Conselho Regional de Administração de São Paulo, promoverá a II Jornada de Energia do CRA-SP: Energias Renováveis no Contexto ESG. O encontro abordará os principais desafios da sustentabilidade na corrida por energias renováveis e a implantação do ESG nas estratégias dos negócios.

O evento será transmitido ao vivo pelo canal “A Serviço da Administração do CRA-SP”, no YouTube, no horário das 18h às 20h. As inscrições podem ser feitas clicando aqui.