newsletter
Diálogos da Transição
Editada por Gabriel Chiappini
[email protected]
A série de debates dos Diálogos da Transição volta em julho.
Inscreva-se para receber a programação: http://eepurl.com/h4u5Xr
O grupo das sete democracias mais ricas do mundo, o G7, lançou a Parceria para Infraestrutura e Investimentos Globais (PGII, na sigla em inglês), que pretende destinar US$ 600 bilhões para desenvolver infraestrutura sustentável em países em desenvolvimento.
Investimentos incluem projetos de energias renováveis para garantir segurança climática e energética.
O G7 reúne até amanhã (28/6) lideranças da Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Canadá, Reino Unido e Japão, na cidade alemã Krün.
“Coletivamente, pretendemos mobilizar quase US$ 600 bilhões do G7 até 2027 para investir em infraestrutura crítica que melhore vidas e proporcione ganhos reais para todos os nossos povos”, disse Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.
O PGII destaca a necessidade de investimentos em:
- Mineração por minerais críticos necessários para energias renováveis;
- Transporte de baixas emissões;
- Fabricação de baterias;
- Implantação de novas tecnologias em regiões que ainda não têm acesso a energia limpa.
Os EUA se comprometeram a mobilizar US$ 200 bilhões para o PGII nos próximos cinco anos por meio de capital público e privado.
A União Europeia entrará com mais 300 bilhões de euros até 2027, por meio do programa Global Gateway, anunciado em dezembro do ano passado, e que já possui projetos em andamento para produção de hidrogênio verde no Chile, Egito e Namíbia, por exemplo.
“A Global Gateway está em pleno funcionamento e estamos ouvindo atentamente os países beneficiários para que possamos entender melhor suas necessidades e proporcionar o maior impacto”, disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
E deve impor preço-teto ao petróleo russo
Ainda na esteira de sanções, o G7 espera fechar um acordo para estabelecer um preço-teto de compra do petróleo do país. As discussões dos líderes mundiais também devem incluir o renascimento do acordo nuclear com o Irã, que poderia garantir, em troca, suprimento do petróleo iraniano. (Reuters)
Governos tentam driblar as sucessivas altas do combustível. Os contratos futuros do Brent acumulam alta de mais de 40% este ano, com margens de refino historicamente acima dos preços de referência, enquanto o mercado calcula se o cenário é de recessão e queda brusca; ou escassez e mais inflação.
Cobrimos por aqui:
- EUA pretendem destinar US$ 8 bi para financiar hubs de hidrogênio limpo
- Emergência climática é questão de matemática e física, não ideológica, diz enviado do Clima dos EUA
- União Europeia quer reduzir em dois terços a demanda por gás da Rússia até o fim do ano
- “Mundo não precisa escolher entre crise energética e climática”, diz diretor da IEA
PUBLICIDADE
O Energy Talks volta nessa terça, 28 de junho, com Claudia Brun (Equinor), Lavinia Hollanda (Escopo Energia) e Fernanda Diniz (Petrobras):
Enquanto isso, economizem, por favor Os CEOs da Engie, EDF e TotalEnergies assinam artigo conclamando a população francesa a reduzir o consumo de eletricidade, gás e derivados de petróleo.
“Apelamos à sensibilização e à ação coletiva e individual para que cada um de nós – cada consumidor, cada empresa – mude o seu comportamento e limite imediatamente o seu consumo de energia, eletricidade, gás e produtos petrolíferos”, escrevem Catherine MacGregor (Engie), Jean-Bernard Lévy (EDF), Patrick Pouyanné (TotalEnergies),
O governo francês vem trabalhando em planos de contingência para possíveis cortes no fornecimento de gás russo – que representa cerca de 17% de seu consumo de gás. E, no longo prazo, os CEOs defenderam investimentos maciços em renováveis.
“Continuamos nossos compromissos e ações para acelerar a transição energética. Não é mais apenas um imperativo diante da emergência climática, mas uma resposta aos desafios da soberania energética”, afirmam em artigo. Le Journal du Dimanche .
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) já havia lançado, em março, um plano para reduzir a demanda global de petróleo, transferindo para o consumidor a tarefa de mudar de hábitos.
- A agência listou dez ações que, se totalmente executadas pelos países ricos, reduziriam a demanda de petróleo em 2,7 milhões de barris por dia em quatro meses — o equivalente ao consumo de todos os carros na China.
Caso tenha perdido… A Alemanha e os Emirados Árabes vão fazer novas negociações sobre hidrogênio e energia limpa nesta semana, como estratégia de longo prazo para substituir o gás importado da Rússia. O país europeu é um dos maiores dependentes do combustível russo. Bloomberg
Por outro lado, China e Índia reforçam a compra de petróleo da Rússia, com preço 30% menor que a cotação internacional. Juntos, os dois países compraram cerca de 2,4 milhões de barris de petróleo russo por dia em maio, o que representa metade das exportações da Rússia.
A Índia pode absorver mais 350.000 barris de petróleo russo, ou cerca de um terço a mais do que está importando atualmente, segundo especialistas ouvidos pelo New York Times.
Com a chegada do verão, a China pede aumento da produção de carvão para evitar apagões em massa. O primeiro-ministro, Li Keqiang, pediu maiores “esforços para aumentar a produção de energia de carvão limpo e eficiente”. The Guardian
Para a agenda
28/6 – O Conselho Regional de Administração de São Paulo, promoverá a II Jornada de Energia do CRA-SP: Energias Renováveis no Contexto ESG. O encontro abordará os principais desafios da sustentabilidade na corrida por energias renováveis e a implantação do ESG nas estratégias dos negócios.
O evento será transmitido ao vivo pelo canal “A Serviço da Administração do CRA-SP”, no YouTube, no horário das 18h às 20h. As inscrições podem ser feitas clicando aqui.