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Irmãos Batista concluem compra da Pluspetrol Bolívia e querem expandir negócios na América Latina

Grupo avança sobre mercados de gás natural da América Latina com aquisições também na Argentina e no Brasil 

Petroleira independente Fluxus, dos empresários Joesley e Wesley Batista, compra Pluspetrol Bolívia. Na imagem: Ricardo Savini, CEO da Fluxus (Foto: Divulgação)
Ricardo Savini é CEO da Fluxus (Foto: Divulgação)

A Fluxus anunciou, nesta sexta (7/6), a conclusão da aquisição da Pluspetrol Bolívia e, com isso, a entrada em três campos na bacia Tarija-Chaco, no país fornecedor de gás natural do Brasil.

O negócio na Bolívia expande a operação da Fluxus, comprada em 2023, pelos empresários Joesley e Wesley Batista, para atuar em óleo e gás.

Os campos Tacobo, Tajibo e Yacuiba têm potencial para produzir mais de 1 milhão de m³/dia de gás natural, segundo a Fluxus. Hoje, produzem cerca de 100 mil m³/dia.

“Além das reservas de gás, os ativos incluem duas estações de tratamento de gás e capacidade de transporte da produção para os mercados da Bolívia, do Brasil e da Argentina”, diz a nota.

A Fluxus foi comprada com o objetivo de ser a plataforma de investimentos da J&F no setor de óleo e gás na América Latina.

“A aquisição da Pluspetrol Bolívia cria uma base sólida para a expansão das nossas atividades de exploração e produção no país, fortalecendo nossa presença na região e ampliando nosso alcance no mercado”, declara Ricardo Savini, CEO da Fluxus.

Fundada em 2023, a Fluxus está em fase final de transição operacional para operar o campo Centenario em Neuquén, na Argentina. “Essa aquisição na Bolívia concretiza nossa visão estratégica de criar uma multinacional latino-americana de óleo e gás”, reforça Savini.

O grupo J&F também está negociando a aquisição da comercializadora MGás, publicou a agência epbr em maio.  

O grupo tem um histórico de integração energética com países vizinhos e uma eventual aquisição da MGás reforça essa posição. A comercializadora tem um contrato firme para importação de gás da Bolivia – país com o qual a J&F também tem relações comerciais.

Integração energética

Um dos caminhos para o gás de Vaca Muerta é o envio para o Brasil por meio do 2º trecho do gasoduto Nestor Kirchner.

Um acordo para construir o duto com financiamento do BNDES já tinha sido fechado entre os presidentes Lula e Alberto Fernández, mas esfriou com a eleição de Javier Milei.

Crítico de Lula durante a campanha, Milei amenizou o tom após a vitória, abrindo espaço para o empreendimento, que pode abrir as portas para que o gás de Vaca Muerta seja exportado, no futuro, para o Brasil.

Isso tem alimentado expectativas, entre empresários brasileiros, sobre a possibilidade de importação de gás competitivo para a indústria.