RECIFE — A Solfácil, empresa de financiamento de energia solar, anunciou uma nova rodada de captação Série C no valor de R$ 500 milhões para ampliar oferta na área de tecnologia, que incluem financiamento de kits, marketplace e internet das coisas para produtividade das usinas e serviços de integradores no Brasil.
A rodada série C marcou a estreia do fundo global Softbank entre os investidores da empresa, além dos fundos VEF e Valor Capital Group.
“Começamos oferecendo soluções de financiamento, mas sabíamos que os nossos parceiros e seus clientes precisavam de mais soluções, principalmente quanto a equipamentos” explica Fabio Carrara, CEO e fundador da Solfácil.
A empresa estima que o Brasil deve se tornar o maior mercado de geração distribuída, atrás apenas da China, superando os EUA, Alemanha e Austrália.
E acredita que o sistema de geração fotovoltaico e seus subprodutos (incluindo baterias e carregadores de carros elétricos) se tornarão o terceiro maior ativo de uma família, depois da casa e do carro — o que representa uma oportunidade de investimento nas próximas décadas, já que esses equipamentos duram mais de 30 anos e precisam de manutenção.
Apesar das expectativas, os preços e a disponibilidade de estoque têm sido os dois maiores desafios em um mercado com alta demanda e uma cadeia de suprimentos global instável.
Com as mudanças do mercado, a Solfácil lançou um marketplace próprio de equipamentos solares, que deve ganhar impulso com a captação de recursos.
No período de quatro anos, a empresa financiou mais de R$ 1,2 bilhões em empréstimos solares, tornando-se o segundo maior emissor de títulos verdes no Brasil em 2021, e o quarto na América Latina. Segundo a consultoria Greener, a Solfácil é, atualmente, a terceira maior financiadora solar do país, atrás apenas do Banco Votorantim e Santander.
Geração distribuída atinge 10 GW no Brasil
A geração própria de energia atingiu na terça (29/3) a marca de 10 gigawatts (GW) de potência instalada no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).
A associação aponta para o ritmo acelerado de instalações no primeiro trimestre, com a adição de 1 GW no período de 67 dias.
“O intervalo foi maior que o percorrido para alcançar o gigawatt anterior. Levando em conta que o primeiro trimestre sempre é impactado por feriados e funciona como um período de tomada de decisão para novos projetos, reafirmamos que 2022 será um ano de aceleração sem precedentes do crescimento da geração distribuída”, explica Guilherme Chrispim, presidente da ABGD.
Entre 10 de dezembro e 21 de janeiro, o país saiu de 8 GW para 9 GW de potência instalada — um intervalo de 42 dias. Até então, a variação desses intervalos ficava entre 100 e 90 dias.
A expectativa da ABGD é que o país ultrapasse 15 GW até o final de 2022.
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