BRASÍLIA — Após registrar faturamento de R$ 780 milhões em suas operações no Brasil, a fabricante chinesa de inversores solares Sungrow avalia investir aproximadamente R$ 3 milhões em novos espaços de armazenagem, laboratórios e centros de treinamento.
Com o mercado solar aquecido, o percentual de crescimento da multinacional foi de 96% nos últimos três anos.
Rafael Ribeiro, CEO das operações brasileiras da marca, avalia um aumento no interesse dos consumidores pela geração solar e afirma que a intenção é atender todos os setores: residenciais, comerciais, industriais e grandes usinas.
A Sungrow também está otimista com as medidas de estímulo a investimentos em infraestrutura verde anunciadas pelo governo federal nos últimos meses e as mudanças regulatórias no setor elétrico.
No Brasil desde 2006, a multinacional atingiu a marca de 130 mil inversores vendidos e tem como meta para 2023, comercializar mais 100 mil, e gerar 4,5 GW em 2023, somando 10,8 GW acumulados do último ano, conta o CEO.
Os inversores convertem a energia elétrica gerada no sistema de painéis solares para que sejam utilizadas em equipamentos elétricos.
Demanda aquecida
Em maio, o Brasil ultrapassou a marca de 30 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 13,7 % da matriz elétrica do país.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), somente em maio deste ano, a fonte cresceu 2 GW, saindo de 28 GW registrados em abril. Desde julho do ano passado, a energia fotovoltaica tem crescido, em média, 1 GW por mês.