BRASÍLIA – A ExxonMobil fechou contrato com a Honeywell para adoção de tecnologia de captura de carbono no projeto de instalação de produção de hidrogênio de baixo carbono da petroleira no seu complexo integrado de Baytown, no Texas (EUA).
Segundo a Honeywell, o Sistema de Fracionamento de CO2 e Purificação de Hidrogênio permitirá a captura de cerca de 7 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, o equivalente às emissões de 1,5 milhão de automóveis durante o mesmo período. A tecnologia permitirá a captura de mais de 98% das emissões de CO2 associadas à produção de hidrogênio a partir de gás natural, o hidrogênio azul.
- Hidrogênio verde, azul, cinza: entenda o que cada cor significa e as perspectivas de desenvolvimento
A instalação será responsável por gerar cerca de 28,3 milhões de metros cúbicos de hidrogênio por dia – a maior planta de hidrogênio de baixo carbono do mundo, com início previsto para 2027-2028.
O complexo integrado de Baytown da ExxonMobil detém a maior planta de olefinas dos Estados Unidos, com aproximadamente 13 quilômetros quadrados ao longo do Canal de Navegação de Houston.
O plano é reduzir emissões nas próprias operações da petroleira, além de fornecer um energético de baixo carbono para clientes com metas de transição.
“A escala deste projeto deve permitir até 30% das emissões de Escopo 1 e 2 em nossa instalação de Baytown, mudando de gás natural como fonte de combustível para hidrogênio de baixo carbono”, explica Dan Ammann, presidente da ExxonMobil Low Carbon Solutions.
Hidrogênio com CCS
No final de janeiro, a ExxonMobil anunciou o contrato de engenharia e design com a Technip Energies para a planta em Baytown. A decisão final de investimento para o projeto deve sair até 2024 — depende do apoio das partes interessadas, permissão regulatória e condições de mercado.
Além do hidrogênio azul, está previsto também o fornecimento de amônia para os clientes da petroleira.
A rede de captura e armazenamento de carbono desenvolvida para o projeto será compartilhada com outras empresas que também planejam aplicar a tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) à produção.
A petroleira está firmando acordos na Huston CCS Aliance, uma iniciativa de empresas de energia e petroquímica para promover a tecnologia na área industrial de Houston.
Também nos EUA, a Exxon fechou o maior acordo comercial de CCS em outubro passado com a fabricante de produtos de hidrogênio e nitrogênio CF Industries.
O projeto, programado para entrar em operação em 2025, vai capturar e armazenar permanentemente até 2 milhões de toneladas de CO₂ por ano na Luisiana, localizado no Golfo do México, região produtora de petróleo.