COP30

Unica espera que proposta brasileira para quadruplicar combustíveis sustentáveis inspire mais países

Presidente da Unica, Evandro Gussi, diz que o acordo proposto pelo Brasil significa um passo grande para o consumo de etanol no mundo

Conteúdo Especial

A indústria brasileira de biocombustíveis espera que o acordo proposto pelo Brasil para quadruplicar a produção e consumo de combustíveis sustentáveis até 2035 possa servir de inspiração a outros países, disse o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Evandro Gussi.

Em entrevista ao estúdio eixos na COP30, em Belém (PA), ele destacou que o acordo proposto pelo Brasil significa um passo grande para o consumo de etanol no mundo. Assista na íntegra acima.

A indústria brasileira de biocombustíveis lançou na COP30 a Carta de Belém (na íntegra, em .pdf) , documento que defende o esforço internacional coordenado para quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035. 

O texto é assinado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Associação Brasileira de Bioenergia (Bioenergia Brasil), Instituto Mobilidade de Baixo Carbono Brasil (Instituto MBCBrasil) e Unica.

A Carta de Belém traz um diagnóstico de que o mundo está atrasado na descarbonização da mobilidade e não conseguirá descarbonizar o transporte sem combinar eletrificação, combustíveis sustentáveis e novas rotas tecnológicas.

“[A proposta brasileira] precisava ter uma reverberação do setor produtivo, mostrando: ‘olha, é isso aí, estamos no caminho certo’. Esperamos que com essa atitude a gente ajude nessa inspiração de outros países, de outros players, no caminho rumo a uma transição energética que seja sustentável sob o ponto de vista econômico, social e, lógico, ambiental”.

Principais assuntos tratados por Evandro Gussi

  • Carta setorial de apoio à presidência da COP30 e ao governo brasileiro para fortalecer a agenda climática liderada pelo país.
  • Compromisso do PLED: meta de quadruplicar combustíveis sustentáveis até 2035, com destaque para o papel do etanol nesse aumento de oferta.
  • Setor produtivo: alinhamento público de agentes privados com o trabalho da presidência da COP e do embaixador André Corrêa do Lago.
  • Efeito internacional: influência sobre outros países ao mostrar que a indústria brasileira sustenta a agenda de transição energética.
  • Adesões: 25 países já apoiam o compromisso de ampliar combustíveis sustentáveis, incluindo biocombustíveis líquidos.
  • Prontidão tecnológica: solução imediata dos biocombustíveis líquidos, que não exigem nova infraestrutura e entregam alta descarbonização.

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