BRASÍLIA — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), criticou a pressão estrangeira contra a abertura de novas fronteiras exploratórias para o petróleo brasileiro. Durante a abertura da gas week 2025 nesta segunda (8/4), o ministro afirmou (veja acima) que a França, de forma demagógica, faz críticas aos combustíveis fósseis enquanto sedia uma das maiores petroleiras do mundo, a TotalEnergies. Leia a íntegra do discurso.
“Não tem lógica que a gente impeça a população brasileira de conhecer as suas potencialidades. É um crime de lesa pátria contra os brasileiros nós não avançarmos na descoberta ou nas pesquisas de potencialidades em todas as áreas energéticas e eu gostaria de destacar a Margem Equatorial“, pontuou.
Como exemplo de ameaça à soberania energética, citou o problema com o suprimento de gás natural russo na Europa quando estourou o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Silveira também afirmou que o atraso na exploração da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, privou o Brasil de avançar na transição energética, com um petróleo de menor intensidade de carbono.
Enquanto houver demanda por combustíveis fósseis, disse o ministro, haverá oferta e que o país deve assumir esse papel provendo um petróleo mais descarbonizado.
Para Silveira, um eventual impedimento da exploração levaria a Petrobras a procurar oportunidades fora do país, em especial na África e Ásia.
“Se a Petrobras deixar de ter condição de explorar no Brasil por questões dogmáticas, naturalmente vai partir para poder explorar fora do país. E quem vai perder emprego, renda, desenvolvimento é o povo brasileiro”, disse Silveira, citando como potenciais destinos a Índia e a Namíbia.
O ministro comentou, ainda, a emissão de licença para o funcionamento de um hospital de fauna no Oiapoque por parte do órgão ambiental do Amapá. “É a última entrega requisitada pelo Ibama“, frisou.