RIO — A diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angelica Laureano, afirmou nesta sexta-feira (24/10), que a empresa chega à COP30 com “resultados concretos e um plano de investimento robusto” e pretende destacar a liderança do Brasil em áreas como biocombustíveis, captura e armazenamento de carbono (CCUS) e energia renovável.
Ao participar do diálogos da transição, evento promovido pelo estúdio eixos em parceria estratégica com a Firjan, a executiva destacou que a transição energética “não é uma escolha entre desenvolvimento e sustentabilidade”, e sim a “única forma de garantir ambos”. Assista na íntegra acima!
“Mostraremos que temos não apenas compromissos, mas resultados concretos e um plano de investimento robusto que equilibra segurança energética, desenvolvimento econômico e responsabilidade climática”.
“Destacaremos a liderança do Brasil em biocombustíveis, que já representam 22% da demanda de transporte, nossa liderança mundial em CCUS e o nosso imenso potencial renovável em solar e eólica”, complementou, em seu discurso na abertura do evento.
Ela citou, ainda, que a petroleira mantém foco em conciliar produção de óleo e gás com investimentos crescentes em soluções de baixo carbono.
Com plano de negócios de cerca de US$ 100 bilhões para o quinquênio 2025-2029, a companhia prevê destinar 15% do capex para a transição energética, incluindo pesquisa, desenvolvimento e inovação.
A diretora enfatizou também os compromissos climáticos da empresa, incluindo neutralidade de carbono em 2050, redução de 30% das emissões absolutas até 2030 e zero flaring até 2030.
“Chegamos à COP30 com significativo portfólio de investimentos em baixo carbono, entregando com emissões 41% menores, com o petróleo de menor intensidade de carbono do mundo, e com uma visão de crescimento de energia”, afirmou.
Principais pontos tratados pela diretora da Petrobras
- Transição energética justa, conciliando óleo e gás com investimentos em baixo carbono.
- Preparação para a COP30, com foco em biocombustíveis, CCS e inovação tecnológica.
- US$ 100 bilhões em investimentos até 2029, sendo 15% voltados à transição energética.
- Neutralidade de carbono até 2050 e redução de 30% das emissões até 2030.
- Expansão do gás natural, com projetos Rota 3, Raia e SEAP.
- Liderança em CCUS, com ambição de 80 milhões de toneladas capturadas até 2025.
- Crescimento em solar, eólica e nova geração de combustíveis de baixo carbono, como SAF e diesel renovável.
- Previsão de 170 projetos socioambientais e 20 mil pessoas capacitadas até 2029.
- Meta de 25% de mulheres e negros em posições de liderança até 2029.
- Políticas integradas para equilibrar segurança energética e responsabilidade climática.