As mudanças climáticas e a necessidade de adaptação das redes de transmissão de energia exigirão mudanças também na regulação, defende o CEO da ISA Energia, Rui Chammas.
Em entrevista ao estúdio eixos, na COP30, o executivo citou o acordo de cooperação celebrado na conferência do clima pela companhia com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) para estruturar propostas de regulação. Assista na íntegra acima.
O objetivo, segundo ele, é “construir algo que oriente as empresas de transmissão a fazer o maior esforço para garantir o menor impacto possível na sociedade na ocorrência de casos climáticos extremos”.
“Esse é o nosso grande desafio. Eles [eventos climáticos] ocorrerão, isso é uma certeza. Não sabemos quando, não sabemos onde. Agora, como estaremos adaptados e preparados é a grande questão. Para que a sociedade tenha o menor impacto possível”, disse.
Notícias Relacionadas
COP30
Ubrabio defende curva definitiva de erradicação dos fósseis como resultado ideal da COP30
Donizete Tokarski defende plano de substituição dos fósseis pelos biocombustíveis para dar um sinal claro aos investidores
COP30
Brasil vive 'ponto de inflexão' e precisará inserir novas tecnologias na matriz energética, diz Elbia Gannoum
Engajamento crescente impulsiona debates sobre transição energética e financiamento climático, diz Elbia Gannoum
A entrevista foi ao ar no programa diálogos da transição COP30 de terça-feira (18/11). Assista na íntegra.
Apresentado por Mariana Procópio, o programa traz os principais destaques do dia da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada em Belém (PA). Inscreva-se no canal da agência eixos no Youtube, ative as notificações e fique por dentro de todos os conteúdos.
Principais assuntos tratados por Rui Chammas
- Resiliência: COP30 foca na adaptação de infraestruturas e sociedade aos eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes.
- Acordo de cooperação: ISA Energia, junto à EPE e à FGV, vai propor mudanças regulatórias para que empresas de transmissão minimizem impactos climáticos.
- Danos: extremos climáticos afetam especialmente a transmissão, exigindo preparo e resiliência do setor.
- Transição e redes: para descarbonizar a economia e eletrificar o consumo, é necessário ampliar geração, transmissão e distribuição, incluindo fontes renováveis intermitentes.
- Confiabilidade: novas tecnologias de transmissão são essenciais para integrar geração solar e eólica e garantir fornecimento confiável de energia.
- Expectativas: debates e consensos globais devem orientar esforços e promover evolução sustentável da sociedade frente às mudanças climáticas.
diálogos da transição COP30 #07 | Qual o caminho para a transição energética?
diálogos da transição COP30 #06 | Como criar um mapa da transição energética justa?
