offshore week 2025

Leilão das áreas não contratadas é uma oportunidade única para quem quer reservas, diz Tabita Loureiro

Diretora da PPSA afirma que certame em dezembro permite comprar reservas já descobertas, contribui para segurança energética e não conflita com metas de net zero do país

RIO — O leilão das áreas não contratadas na partilha do pré-sal, em dezembro, será uma “oportunidade única” para as empresas que querem ampliar reservas no Brasil, disse a diretora da Pré-Sal Petróleo (PPSA), Tabita Loureiro, durante a abertura da offshore week 2025 no Rio, produzida pelo estúdio eixos, nesta terça-feira (21/10). 

“É uma oportunidade única, para quem já está no consórcio, para quem quer reserva e quer crescer no Brasil, para novos entrantes”, destacou. Assista na íntegra acima!

Ela lembrou que, na prática, o país está vendendo reservas sem risco exploratório. 

Loureira destacou que, nesse sentido, o desenho do leilão teve um olhar para a sociedade, ao exigir um government take maior, por se tratar de áreas já descobertas. 

O certame estabelece as regras para a alienação de direitos e obrigações da União decorrentes de Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das jazidas compartilhadas de Mero, Tupi e Atapu. O leilão será realizado no dia 4 de dezembro, na sede da B3, em São Paulo.

A diretora da PPSA lembrou ainda que o país pode ter três leilões bem-sucedidos este ano no setor de petróleo e gás. Em relação à rodada da oferta permanente de partilha (OPP) marcada para esta quarta-feira (22/10), Loureiro disse que as perspectivas também são positivas.

“Existem sinais de empolgação para o leilão de amanhã”, afirmou.

Ela também destacou que a continuidade da oferta de áreas é fundamental para a segurança energética no longo prazo e que não é incompatível com a ambição do país de chegar ao net zero em emissões em 2050. 

“A oferta de áreas de forma alguma é antagônica às trajetórias de transição energética no Brasil”, acrescentou. 

Nesse contexto, Loureiro lembrou que o país precisa continuar a abrir novas fronteiras. Segundo ela, a Margem Equatorial vai ser muito importante para o país ampliar as reservas de petróleo e gás. 

“A gente precisa continuar achando novas reservas, incorporando novas reservas, abrir novas fronteiras, continuar investindo em óleo e gás e aumentar o fator de recuperação”, disse. 

Principais pontos tratados por Tabita Loureiro

  • Brasil vendeu 34 blocos na rodada de oferta permanente de concessão, arrecadando quase R$ 1 bilhão em bônus de assinatura.
  • Leilão d e sete blocos da OPP ocorrerá em 22/10, com cinco na Bacia de Campos e dois na Bacia de Santos, com expectativa positiva do mercado.
  • Portfólio da PPSA passará de 24 para 31 blocos de partilha no país.
  • Leilão permitirá venda de reservas já descobertas em Mero, Tupi e Atapu, sem risco exploratório.
  • Participação da União: Mero 3,5% (107 mil barris/dia), Tupi 0,551% (648 mil barris/dia) com nova TP de 0,833%, Atapu 0,95% (150 mil barris/dia).
  • Volume de reservas disponível estimado em 120 a 130 milhões de barris, sem considerar aumento futuro das participações.
  • Potencial de produção adicional em Mero: aplicação de 3,5% a 7% gera 21 a 40 mil barris/dia.
  • Leilão das áreas não contratadas na partilha é oportunidade para empresas do consórcio, novos entrantes e quem deseja aumentar reservas no Brasil.
    • Detalhes: 4 de dezembro, B3, regime AIP, 15% de royalties, pagamento upfront e contingente atrelado ao Brent e aumento de participações.
  • Desenho do leilão busca equilíbrio entre atratividade, competitividade e retorno para a sociedade.
  • Expectativa de três leilões bem-sucedidos no setor de petróleo e gás em 2025.

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