HOUSTON, TX — O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, destacou a necessidade de uma abordagem mais cautelosa para a transição energética, considerando desafios tecnológicos e impactos econômicos, na CERAWeek 2025, organizada pela S&P Global, em Houston. Durante entrevista ao estúdio eixos, ele alertou que a pressa na substituição dos combustíveis fósseis pode comprometer a segurança energética e aumentar os custos para consumidores e indústrias. Veja acima a íntegra da entrevista.
Ardenghy mencionou que a energia nos Estados Unidos encareceu 20% nos últimos dois anos, segundo dados apresentados pelo Departamento de Energia dos EUA, o que reforça a importância de garantir uma transição equilibrada.
Ele também comentou a declaração do presidente da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), Fatih Birol, que reconheceu a necessidade de novos investimentos no setor de óleo e gás.
“Temos dito há anos que a transição deve ser ordeira. O petróleo e o gás ainda serão essenciais, mas precisamos avançar em soluções para reduzir suas emissões”, afirmou.
O presidente do IBP ressaltou a importância da tecnologia nesse processo e destacou a liderança brasileira em soluções de baixo carbono. Ele citou o projeto de captura e reinjeção de carbono do pré-sal, que já armazenou 70 milhões de toneladas de CO₂ e deve atingir essa marca até 2025. “Isso demonstra como o Brasil está na vanguarda da descarbonização da indústria de petróleo e gás”, disse.