Transição marítima

Edge estuda GNL para transporte marítimo 

Segundo executivo, há mais de 150 rotas por ano que passam pelo Brasil com navios a GNL, sem alternativa de abastecimento na região

RIO e BRASÍLIA — O CEO da Edge, Demétrio Magalhães, afirmou ao estúdio eixos na gas week 2025, nesta terça (8/4), que a comercializadora está de olho no mercado de gás natural liquefeito (GNL) para transporte marítimo e já tem conversas nesse sentido. Assista a entrevista na íntegra acima.

“Temos algumas conversas em andamento. É um mercado que a gente estuda bastante, porque a gente tem um terminal localizado em um lugar perfeito, privilegiado, que é Santos. É trânsito de diversos navios”, contou o executivo. 

Hoje, a companhia opera o TRSP — terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), no Porto de Santos.

“Hoje, mais de 150 rotas são feitas por ano para o Brasil com navios movidos a GNL, que não têm alternativa de abastecimento aqui na região”, disse.

A empresa planeja iniciar as primeiras operações no mercado off-grid — não conectados à rede de distribuição de gás natural — no último trimestre de 2025 e enxerga no GNL uma oportunidade para atender, além do bunkering de navios, a indústria, e a mobilidade pesada.

A estratégia da Edge se ancora no uso do GNL como alternativa para substituir combustíveis mais poluentes e caros, como diesel, óleo combustível, carvão e GLP.

“O Brasil hoje tem uma frota de cerca de 3 milhões de caminhões e está crescendo. […] Estamos falando de um potencial de 150 milhões de metros cúbicos dia”, pontuou o CEO.

Segundo ele, na China, onde cerca de 10% da frota já roda a GNL, chegando a 30% de particpação nas frotas novas. 

“A gente acredita também muito no mercado off-grid. Esse eu sempre chamo, é o “oceano azul” que a gente tem no mercado de gás”, avaliou Magalhães.

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