A transição energética pode movimentar investimentos de US$ 500 bilhões por ano na América do Sul, mas a região precisa criar mecanismos de coordenação para explorar esse potencial sem destruir valor, na visão do head da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), Ricardo Gorini.
Em entrevista ao estúdio eixos, na COP30, Gorini defende a criação de um fórum institucional que ajude a coordenar a estratégia regional para atração dos investimentos e para posicionar estrategicamente a região nas mesas de negociações. Assista na íntegra acima.
“A região precisa coordenar melhor essa oportunidade de investimento de indústria, das cadeias de produção, para que não exista também uma destruição de valor em um país e uma competição desnecessária”.
A integração, segundo ele, será importante também para o financiamento desses investimentos na região.
“A região poderia também criar mecanismos para fazer o tal de de-risking, para criar oportunidade de trazer capitais de maneira, digamos assim, conjunta, não uma visão apenas de país, mas uma visão conjunta regional”, comentou.
A entrevista vai ao ar no programa diálogos da transição COP30 desta quinta-feira (13/11). Assista na íntegra acima
Apresentado por Mariana Procópio, o programa traz os principais destaques do dia da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada em Belém (PA). Inscreva-se no canal da agência eixos no Youtube, ative as notificações e fique por dentro de todos os conteúdos.
Principais assuntos tratados pelo head do REmap
- Transição energética benéfica: acelerar investimentos em renováveis e eficiência traz ganhos econômicos e sociais.
- Oportunidade regional: investimentos na América do Sul podem chegar a US$ 500 bi/ano, com criação de milhões de empregos e expansão do PIB.
- Integração e governança: interconexão elétrica entre países é essencial para reduzir custos e riscos.
- Indústria verde: transição deve impulsionar reindustrialização e cadeias de valor em aço, fertilizantes e minerais críticos.
- Financiamento e coordenação: Irena propõe mecanismos regionais de de-risking e fórum de países para alinhar investimentos.
- Biocombustíveis e eficiência: ampliar bioenergia e hidrogênio verde e compartilhar tecnologias para ganhos produtivos.