RIO — A abertura de novas fronteiras exploratórias, como a Bacia Foz do Amazonas, será fundamental para que o Brasil mantenha seu patamar elevado de produção e reverta a previsão de se tornar importador líquido de petróleo no início da próxima década, disse nesta terça-feira (21/10) a vice-presidente de Supply Chain da Rystad Energy, Thais Vachala.
Durante participação na offshore week 2025 no Rio, produzida pelo estúdio eixos, nesta terça-feira (21/10), ela destacou que, se descobrir na Margem Equatorial reservas semelhantes às da Guiana, o Brasil conseguirá postergar por pelo menos dez anos a sua entrada no quadro de importadores líquidos de óleo. Assista na íntegra acima!
Ela destaca a importância de o país apostar em novas fronteiras.
“No pré-sal, os grandes volumes já foram descobertos”, disse
Vachala, no entanto, prega a necessidade de se continuar investindo na exploração das áreas mais maduras.
“Não continuar investindo [em áreas de produção madura] também é um erro”
Ela cita um dos pilares para manter a produção do país elevada é o aproveitamento das infraestruturas ociosas de bacias maduras – o que viabiliza descobertas menores.
Principais pontos tratados pela VP da Rystad
- Brasil é o maior produtor fora da Opep e tem papel central no suprimento global de petróleo offshore.
- Pico de produção brasileira deve ocorrer no início da próxima década, seguido de declínio, estima a Rystad.
- Aumentar o fator de recuperação dos campos existentes é essencial para sustentar a produção após o pico.
- Aproveitamento de infraestrutura ociosa em bacias maduras pode viabilizar novas descobertas menores.
- Exploração em novas fronteiras, como a Margem Equatorial e a Foz do Amazonas, é fundamental para manter o nível de produção.
- Descoberta similar à da Guiana poderia adiar em até dez anos a entrada do Brasil como importador líquido de petróleo.
- Continuidade dos investimentos em campos maduros é necessária para evitar queda prematura da produção.
- Infraestrutura acoplada ao desenvolvimento: exploração e novos projetos offshore geram empregos, renda e arrecadação para o país.