offshore week 2025

Brasil será importador líquido de óleo nos anos 2030, mas pode adiar isso com Foz do Amazonas, diz VP da Rystad

Thais Vachala, VP da Rystad Energy, afirma que a exploração da Foz do Amazonas e de áreas maduras será crucial para postergar entrada do Brasil como importador líquido de óleo

RIO — A abertura de novas fronteiras exploratórias, como a Bacia Foz do Amazonas, será fundamental para que o Brasil mantenha seu patamar elevado de produção e reverta a previsão de se tornar importador líquido de petróleo no início da próxima década, disse nesta terça-feira (21/10) a vice-presidente de Supply Chain da Rystad Energy, Thais Vachala.

Durante participação na offshore week 2025 no Rio, produzida pelo estúdio eixos, nesta terça-feira (21/10), ela destacou que, se descobrir na Margem Equatorial reservas semelhantes às da Guiana, o Brasil conseguirá postergar por pelo menos dez anos a sua entrada no quadro de importadores líquidos de óleo. Assista na íntegra acima!

Ela destaca a importância de o país apostar em novas fronteiras.

“No pré-sal, os grandes volumes já foram descobertos”, disse 

Vachala, no entanto, prega a necessidade de se continuar investindo na exploração das áreas mais maduras.

“Não continuar investindo [em áreas de produção madura] também é um erro”

Ela cita um dos pilares para manter a produção do país elevada é o aproveitamento das infraestruturas ociosas de bacias maduras – o que viabiliza descobertas menores.

Principais pontos tratados pela VP da Rystad

  • Brasil é o maior produtor fora da Opep e tem papel central no suprimento global de petróleo offshore.
  • Pico de produção brasileira deve ocorrer no início da próxima década, seguido de declínio, estima a Rystad.
  • Aumentar o fator de recuperação dos campos existentes é essencial para sustentar a produção após o pico.
  • Aproveitamento de infraestrutura ociosa em bacias maduras pode viabilizar novas descobertas menores.
  • Exploração em novas fronteiras, como a Margem Equatorial e a Foz do Amazonas, é fundamental para manter o nível de produção.
  • Descoberta similar à da Guiana poderia adiar em até dez anos a entrada do Brasil como importador líquido de petróleo.
  • Continuidade dos investimentos em campos maduros é necessária para evitar queda prematura da produção.
  • Infraestrutura acoplada ao desenvolvimento: exploração e novos projetos offshore geram empregos, renda e arrecadação para o país.

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