offshore week 2025

Brasil não pode depender somente da Foz do Amazonas para recompor reservas, diz MA2 Energy

Marcelo de Assis vê como positiva a entrada recente da ExxonMobil na Foz do Amazonas

RIO — O Brasil não pode ser dependente da produção de óleo e gás do pré-sal e, da mesma forma, não pode concentrar seus esforços em buscar novas descobertas somente numa região só, como a Bacia Foz do Amazonas.

Durante participação na offshore week 2025 no Rio, produzida pelo estúdio eixos, nesta terça-feira (21/10), o diretor da MA2 Energy, Marcelo de Assis, defendeu a diversificação das atividades exploratórias no país. Assista na íntegra acima!

“Não dá para se concentrar numa área só achando que vai recompor [reservas] ali. E se der errado? Aí atrasou todo um processo que demora de dez a quinze anos para entrar em produção”, disse.

Assis disse esperar que a perfuração do primeiro poço na Bacia Foz do Amazonas, liberada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na segunda (20/10) seja a “primeira de muitas”.

Ele também vê como positiva a entrada recente da ExxonMobil na Foz do Amazonas, no último leilão da oferta permanente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“Não fica só nas mãos da Petrobras [a abertura da nova fronteira]. A Exxon tem experiência na Guiana e pode trazer os dados que obtiveram na Guiana para o Brasil”, comentou.

Principais pontos tratados por Marcelo de Assis

  • Futuro do offshore brasileiro depende da exploração de novas áreas e de aumentar o fator de recuperação dos campos maduros.
  • Produção nacional deve atingir o pico entre 2029 e 2031, com cerca de 4,5 a 5 milhões de barris/dia, seguido de uma queda, se não houver novos projetos.
  • Campo de Bumerangue, da bp, é promissor, mas ainda prematuro.
  • Descobertas iniciais não garantem sucesso comercial.
  • Abertura da nova fronteira exploratória é um passo essencial para o futuro energético do país.

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