LISBOA — A Bahiagás está avançando para a fase final de sua segunda chamada pública para aquisição de biometano com “boas ofertas” em mãos, disse o diretor-presidente da distribuidora baiana de gás canalizado, Luiz Gavazza.
“A Bahiagás está fechando uma segunda chamada pública para aquisição de biometano com boas ofertas que começam agora a ser examinadas comercialmente. Nós vamos vendo a possibilidade de, injetando, misturando o biometano com o gás natural, nós termos uma redução ainda maior da possibilidade de emissão de carbono”, disse, em entrevista ao estúdio eixos durante a EVEx Lisboa 2025. Assista na íntegra acima.
A distribuidora mira, na chamada pública, contratos de dez anos de suprimento, com volumes mínimos de 5 mil m³/dia e entrega a partir de 2027.
Esta é a segunda tentativa da empresa de comprar biometano, para injeção na rede. Em 2022, na primeira chamada pública, porém, a Bahiagás acabou não avançando para a celebração de contratos.
Bahia como laboratório energético
Para Gavazza, a Bahia é um polo estratégico para produção e consumo de energia e que combina gás natural, fontes renováveis e biocombustíveis.
A Bahia e o Brasil, segundo ele, servem de laboratório para desenvolver tecnologias que reduzam o impacto ambiental de combustíveis fósseis e ampliem a integração energética.
O executivo cita ainda que o gás natural exerce um papel chave para a transição energética – que, na visão dele, deve unir todas as fontes de energia e envolver países emergentes.
“Nessa transição que precisa dessa integração de todas as fontes de energia, nós possamos ter uma evolução dos negócios no mundo para que a gente possa ter um processo em países emergentes”, afirma.
Principais pontos da entrevista:
- Transição energética integrada: Bahiagás aposta no gás natural e no biometano como vetores de uma transição sustentável e competitiva.
- Expansão da infraestrutura: empresa amplia a rede de distribuição de gás para atender novos polos industriais na Bahia.
- Biometano como prioridade: novos contratos e parcerias devem reforçar o uso de gás renovável no estado.
- Competitividade e segurança: diversificação da matriz energética é vista como essencial para reduzir custos e riscos de abastecimento.
- Papel do gás natural: recurso é apontado como “combustível de transição” até maior participação das fontes renováveis.
- Integração regional: projetos buscam alinhar desenvolvimento econômico e metas de descarbonização no Nordeste.