RIO — A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem a expectativa de abrir o 6º ciclo da oferta permanente de concessão “muito em breve”, disse a superintendente de Promoções de Licitações, Marina Abelha, durante a offshore week 2025 no Rio, produzida pelo estúdio eixos, nesta terça-feira (21/10).
Segundo Abelha, a expectativa é que essa nova rodada desperte o interesse sobretudo em áreas terrestres. Assista na íntegra acima!
“A gente teve uma recomposição de áreas onshore muito importante”, disse.
A previsão é publicar o edital ainda este ano.
Entre as áreas disponíveis estão regiões de nova fronteira, como as bacias do Parnaíba e a do Tacutu — esta, inédita em rodadas de licitações — assim como bacias maduras, como Potiguar, Recôncavo e São Francisco.
No caso da Bacia do São Francisco, há a perspectiva também de ocorrência de hidrogênio natural, cujas outorgas também são de responsabilidade da ANP.
No mecanismo da oferta permanente, as rodadas ocorrem após a manifestação de interesse das empresas. A rodada mais recente para a concessão ocorreu em 17 de junho, com 34 blocos arrematados por nove empresas, com destaque para a Bacia da Foz do Amazonas.
Nesta quarta (22/10) vai ocorrer o 3º ciclo da oferta permanente para a partilha da produção, com a oferta de sete blocos exploratórios no pré-sal, sendo dois na Bacia de Santos e cinco na Bacia de Campos.
Segundo Abelha, a expectativa é de resultados positivos.
“Tem áreas para diversos tipos de perfis, então a gente espera que tenha resultados positivos, com blocos sendo adquiridos e mais áreas sendo exploradas no nosso país”, afirmou.
Uma das áreas, o bloco de Jaspe, já recebeu manifestação de prioridade pela Petrobras.
“Tem uma diversidade de blocos muito grandes, com características geológicas muito distintas”, ressaltou Abelha.
Principais pontos tratados por Marina Abelha
- Conceito e objetivos da oferta permanente: a superintendente explicou que o modelo substitui as rodadas tradicionais, transferindo ao mercado a decisão sobre quando e quais áreas licitar.
- O objetivo é ampliar reservas, gerar conhecimento geológico e diversificar o perfil de empresas atuantes.
- Descentralização e caráter contínuo do processo: a oferta permanente busca descentralizar investimentos concentrados no Sudeste, abrindo oportunidades em todo o país.
- É um mecanismo cíclico, em que empresas podem acionar novas rodadas a qualquer momento por meio de declarações de interesse.
- Balanço do 5º ciclo e perspectivas imediatas: o quinto ciclo registrou quase R$ 1 bilhão em bônus e 34 blocos arrematados, com destaque para a Foz do Amazonas.
- O 3º ciclo da oferta permanente de partilha ocorre amanhã (22/3), com sete blocos nas bacias de Campos e Santos.
- Ampliação do portfólio e novos ciclos: a ANP prepara a inclusão de 275 novos blocos e cinco áreas com acumulações marginais, somando 451 blocos após republicação do edital.
- Prevê um 6º ciclo da oferta permanente de concessão com foco em campos onshore, incluindo Parnaíba e Tacutu (inéditos) e Potiguar, Recôncavo e São Francisco (maduros).
- Novas atribuições e agenda futura: agência passará a regular o hidrogênio natural, após a regulamentação da lei do hidrogênio.
- Momento positivo do setor, marcado pela recente licença ambiental para exploração na margem equatorial.