RIO — A abertura de novas fronteiras de exploração e produção de petróleo e gás natural exigirá mudanças na regulação de conteúdo local no Brasil, defendeu nesta terça-feira (21/10) o diretor Comercial da OceanPact, Erik Cunha.
Durante participação na offshore week 2025 no Rio, produzida pelo estúdio eixos, nesta terça-feira (21/10), o executivo destacou que a cadeia de fornecedores está concentrada no Sudeste e que será preciso pensar numa espécie de “conteúdo regional” para descentralizar a indústria de bens e serviços no país. Assista na íntegra acima!
Ele conta que o custo logístico das novas fronteiras é muito caro. E cita o caso das primeiras atividades de perfuração na Bacia Foz do Amazonas, no Amapá, é que terá como base de apoio logístico Belém (PA).
“A preparação da cadeia de suprimentos precisa de previsibilidade”, afirmou.
Cunha pontua que, sem desenvolver uma indústria regional, haverá tensões sociais no futuro nas regiões que abrigam as novas fronteiras.
“A preparação da cadeia de suprimentos passa por um arcabouço regulatório novo, um conteúdo regional, e capacitação da região. Os governos vão ter que trabalhar muito”, completou.
Principais pontos tratados pelo diretor da OceanPact
- Redução de emissões nas embarcações é prioridade da OceanPact, com uso de combustíveis alternativos e tecnologias mais eficientes.
- Descarbonização depende também de mudanças individuais nos hábitos de consumo e energia.
- Margem Equatorial tem alta visibilidade internacional, mas o desconhecimento da biodiversidade local é o principal entrave ambiental.
- Licenciamento ambiental é mais lento em regiões com poucos dados, como Sergipe-Alagoas e Margem Equatorial.
- Monitoramento contínuo e ampliação do conhecimento ambiental podem acelerar futuras licenças.
- Novas tecnologias permitem mapear e prevenir vazamentos desde a superfície até o fundo do mar.
- Estudos da Petrobras na Margem Equatorial são robustos, mas ainda exigem monitoramento permanente.
- Quanto mais conhecimento houver, mais rápido será o licenciamento, resume Cunha.