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EUA são os maiores produtores de petróleo pelo 6º ano seguido; veja ranking

Os Estados Unidos produziram 12,9 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em 2023, o maior volume já extraído anualmente por um país na história

Cinco previsões para o petróleo e gás natural em 2024, segundo a consultoria Wood Mackenzie. Na imagem: Sonda da Pioneer Natural Resources perfura poço de gás não-convencional, o shale gas, na Bacia do Permiano, nos Estados Unidos (Foto: Divulgação)
Sonda da Pioneer perfura poço de gás não-convencional, o shale gas, na Bacia do Permiano, nos EUA (Foto: Divulgação)

Os Estados Unidos produziram 12,9 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em 2023, o maior volume já extraído anualmente por um país na história. Com isso, lideram o ranking de produtores pelo sexto ano consecutivo, segundo a Agência de Informações em Energia do Departamento de Estado americano (EIA, na sigla em inglês).

A produção média no ano passado superou o recorde anterior, de 12,3 milhões de bpd estabelecido em 2019. Em dezembro de 2023, o volume chegou a 13,3 milhões de bpd.

Veja a lista dos maiores produtores de petróleo cru e condensado em 2023 (em milhões de bpd):

  1. EUA: 12,9
  2. Rússia: 10,1
  3. Arábia Saudita: 9,7
  4. Canadá: 4,6
  5. Iraque: 4,3
  6. China: 4,2
  7. Irã: 3,6
  8. Brasil: 3,4
  9. UAE: 3,4
  10. Kuwait 2,7
  11. Outros: 22,8

Cortes da Opep+

Enquanto os americanos produzem como nunca, Arábia Saudita e Rússia, junto com outros membros da Opep+ estenderam o corte de 2,2 milhões de bpd até o meio do ano para tentar segurar os preços do petróleo.

Graças à restrição do cartel, os sauditas produzem hoje menos do que no pico, em 2022, quando extraíam 10,6 milhões de bpd, e não tem planos de ampliar significativamente a produção, que tem um potencial de chegar até 12 milhões de bpd.

Recentemente, a Saudi Aramco abandonou os planos de aumentar sua capacidade para 13 milhões de bpd até 2027.

A Rússia, por sua vez, era a maior produtora até 2017, mas desde então foi ultrapassada pelos EUA, com cortes voluntários e sanções que afetaram os volumes.

Arrancada após declínio

O domínio norte-americano começou a ser construído em 2009, após mais de 30 anos de declínio, graças aos avanços nas técnicas de fraturamento hidráulico e perfuração horizontal que permitiram aproveitar o shale gas, o gás não convencional, da Bacia do Permiano.

Mesmo com os recordes, a expectativa é que a produção norte-americana continue crescendo este ano, segundo a S&P Global e a Wood Mackenzie.