O governo do candidato à reeleição nos EUA, Donald Trump, formalizou a saída do país do Acordo de Paris. O anúncio ocorre em meio aos anúncios de recursos à Justiça e de pedidos de recontagem do republicano na corrida presidencial contra o democrata Joe Biden, nesta quarta (4).
Biden lidera, mas a eleição segue indefinida com a demora na contagem de votos, em uma eleição marcada pelas acusações de fraude feitas por Trump, que questiona o sistema de votação. Um dos alvos do republicano é a votação por correio, que já existia, mas foi ampliada devido à ameaça de contaminação pelo novo coronavírus.
“Hoje, começamos o processo formal de retirada do Acordo de Paris. Os EUA têm orgulho de seu histórico como líder mundial na redução de todas as emissões, promoção da resiliência, crescimento da economia e garantia de energia para nossos cidadãos. Nosso modelo é realista e pragmático”, afirmou o secretário de Estado, Mike Pompeu, nesta quarta (4).
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Trump já havia anunciado que abandonaria o acordo, medida que deve ser revertida caso a vitória de Joe Biden seja confirmada. O atual presidente chegou a afirmar que não “acredita” no aquecimento global e duvida da conclusão majoritária da comunidade científica que as mudanças são provocadas por ação humana.
“Para cumprir o meu dever solene de proteger os Estados Unidos e os seus cidadãos, os Estados Unidos vão se retirar do acordo do clima de Paris, mas iniciam as negociações para voltar a entrar no acordo de Paris ou em uma transação inteiramente nova em termos justos para os Estados Unidos, suas empresas, seus trabalhadores, suas pessoas, seus contribuintes “, afirmou Trump, em 2017.
O EUA assinaram o acordo em 2016, durante o governo de Barack Obama.
Término da contagem dos votos dificilmente será desfecho das eleições
A reta final da corrida presidencial americana ainda está distante. Os republicanos já anunciaram que vão pedir recontagem de votos, processo que pode se arrastar pelas próximas semanas. Como as regras eleitorais não são unificadas, cada estado tem seus próprios prazos e requisitos para processar novamente a escolha dos eleitores.
Trump chegou a declarar vitória na terça (3), a “noite das eleições”, que desta vez não foi suficiente para determinar quem será o futuro presidente do EUA. Diversos estados ainda precisavam concluir a apuração quando Trump afirmou que já teria as condições de vencer a eleição.
Até o momento, Biden lidera, com 248 dos 270 delegados necessários para se eleger. Com a apuração em Michigan perto do fim e pendendo por uma margem apertada para o democrata, pode garantir 264 delegados enquanto o país aguarda o fim da contagem dos votos.
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