A norueguesa Equinor anunciou nesta segunda (6) que adquiriu participação de 45% da Noriker Power Limited, do mercado de armazenamento com bateria no Reino Unido. Acordo inclui opção de aquisição integral da empresa no futuro.
A Equinor participará diretamente dos projetos que estão sendo desenvolvidos pela Noriker, diz a companhia, em nota.
A estratégia é criar negócios lucrativos em baterias e ativos de armazenamento de energia, em busca de maior estabilidade dos mercados de energia.
Em contrapartida, a Noriker usará o investimento da Equinor para aprimorar sua plataforma de desenvolvimento de projetos, sobretudo em engenharia, inovação de sistemas de controle e otimização algorítmica.
Como parte do acordo, a Equinor comprará os 15% em ações detidas atualmente por outro investidor: Gresham House Plc e Gresham House Energy Storage Fund Plc.
No Reino Unido, a Equinor opera o Hywind Scotland, o primeiro parque eólico flutuante do mundo, que alcançou o maior fator de capacidade média por três anos consecutivos desde o início de suas operações.
Implementando baterias nas proximidades de seus ativos eólicos offshore, a empresa acredita que poderia otimizar e melhorar seus retornos – pela capacidade de armazenagem de eletricidade quando os preços estão baixos e de venda à rede quando os preços estiverem mais altos.
Já a Noriker Power, com sede em Gloucester, desenvolveu e construiu mais de 250 MW de armazenamento em bateria em todo o Reino Unido e tem uma esteira de projetos de curto prazo superior a 500 MW em armazenamento a baterias, energia híbrida e serviços de estabilidade de rede.
Baterias na transição
Segundo a Equinor, a energia eólica é um facilitador fundamental na transição energética do mundo.
“O armazenamento com bateria será uma parte fundamental da transição energética à medida que o mundo aumenta sua participação de energia renovável intermitente. Baterias de grande escala podem ser carregadas quando há bom acesso à eletricidade de baixo custo e descarregadas quando o fornecimento é limitado,” diz Olav Kolbeinstveit, vice-presidente sênior de energia e mercados dentro da Renewables da Equinor.
Ele explica que a tecnologia permitirá melhores negócios às empresas de energia em termos de equilíbrio de mercados, estabilidade da rede elétrica e maior segurança no fornecimento.