A Equinor anunciou nesta quinta-feira (21/9) a comercialidade de dois campos de gás natural na área do BM-C-33, em águas profundas da Bacia de Campos. A petroleira submeteu à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as declarações de comercialidade e planos de desenvolvimento.
Raia Manta e Raia Pintada têm volumes recuperáveis de gás natural e condensado de mais de 1 bilhão de barris de óleo equivalente, segundo a petroleira. A concessão está localizada a aproximadamente 200 quilômetros do Rio de Janeiro, em profundidades de até 2.900 metros.
A expectativa é começar a produzir em 2028. A capacidade é estimada em 16 milhões de m3 por dia, o que pode representar 15% da demanda brasileira de gás natural quando o projeto estiver em operação.
“Os campos são um encaixe estratégico para as ambições da Equinor em um país onde temos uma história sólida e a intenção de fortalecer ainda mais nossa presença. Juntamente com nossos parceiros, nós vamos aplicar competência adicional para garantir a execução segura e eficiente desses desenvolvimentos”, afirma Trond Bokn, Vice-presidente Sênior de Desenvolvimento de Projetos.
O consórcio BM-C-33 é formado por Equinor (35%), a operadora, Repsol Sinopec (35%) e Petrobras (30%). As empresas estimam investir US$ 9 bilhões no desenvolvimento dos campos.
O FPSO será fornecido pela Modec e os equipamentos submarinos pela TechnipFMC. Será o primeiro projeto no Brasil a tratar gás offshore, conectando-se à rede nacional sem a necessidade de processamento adicional em terra. A comercialização do gás será realizada por meio de um gasoduto offshore de 200 km do FPSO para Cabiúnas, na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Os líquidos serão escoados por meio de navios-tanque.