Hub para indústria eólica offshore

Porto do Açu e empresa belga estudam logística para eólica offshore

Estudos irão avaliar soluções para o transporte de turbinas, pás e outros componentes fabricados na cadeia de valor eólica offshore

Prumo, Porto do Açu e Sarens assinam acordo para estudar soluções logísticas para energia eólica offshore
Prumo, Porto do Açu e Sarens assinam acordo para estudar soluções logísticas para energia eólica offshore | Foto: Divulgação

RIO — O Porto do Açu, no Rio de Janeiro — controlado pela Prumo Logística em parceria com o Porto de Antuérpia-Bruges Internacional — assinou, na quinta (28/11), um memorando de entendimento (MoU) com a empresa belga Sarens, para estudar parcerias em soluções logísticas no transporte de componentes da cadeia de energia eólica offshore

A formalização do acordo ocorreu durante a visita da Princesa Astrid à missão econômica belga no Brasil e é o primeiro da Sarens no país para projetos eólicos no mar.

“Queremos combinar logística integrada e nos tornar um hub de operação e manutenção com custos mais competitivos para a indústria eólica offshore no Brasil”, diz Mauro Andrade, diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo.

A Prumo estima que aproximadamente 35% do custo de um projeto eólico depende de fatores logísticos.

Os estudos irão avaliar soluções para o transporte de turbinas, pás e outros componentes fabricados na cadeia de valor do setor, já que a logística desses equipamentos demanda operações específicas.

O grupo belga é especializado em içamento e transporte de equipamentos pesados, tais como pás de eólicas offshore, que podem ultrapassar os 100 metros de comprimento. 

Hub eólico offshore

O plano do Açu é ser um hub de apoio à indústria eólica offshore no Brasil, além de um polo de fabricação e montagem da cadeia de valor, atraindo fabricantes de turbinas, pás e cabos.

Com quase 39 GW em projetos com pedidos de licenciamento na costa do Rio de Janeiro, de acordo com o Ibama, o complexo porto-indústria tem uma localização estratégica, além de estar conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e poder aproveitar sinergias com a logística existente para o setor de petróleo e gás.

São empreendimentos que preveem bilhões de dólares em investimentos, mas sua viabilidade depende aprovação de um marco legal, que ainda está em discussão no Congresso.