Energia Eólica

Petrobras negocia compra de eólicas onshore no Brasil

Petroleira está analisando aquisição de parques e desenvolvimento de novas usinas, diz diretor de Transição Energética, Maurício Tolmasquim

Petrobras analisa a compra de usinas eólicas onshore no Brasil. Na imagem: Executivos da Petrobras, da WEG, da Abeeolica e da GWEC durante o Brazil Windpower (Foto: Divulgação)
Executivos da Petrobras, da WEG, da Abeeolica e da GWEC durante o Brazil Windpower (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO – A Petrobras está analisando a compra de usinas eólicas onshore e o desenvolvimento de novos projetos em parceria com outras empresas, afirmou nesta quarta-feira (13/9) o diretor de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim, durante o evento Brazil Windpower.

De acordo com o executivo, várias possibilidades já estão sendo avaliadas pela direção da empresa, mas ainda estão em sigilo. A ideia é tanto adquirir usinas já em operação quanto participar de projetos greenfield em conjunto com outros empreendedores.

“Estamos olhando alguns projetos. Tem todo um processo que tem que seguir antes de ser aprovado, tem que ser submetido à diretoria, conselho. Então, a gente está seguindo o fluxo (…) A gente pode dizer que tem alguns projetos concretos de parceria com outras empresas, incluindo aquisição e desenvolvimento, que estão em análise e a gente espera poder anunciar proximamente.”

O executivo falou durante anúncio de parceria com a WEG para o desenvolvimento de um aerogerador onshore de 7 MW. A petroleira vai investir R$ 130 milhões na nova turbina.

Não há compromisso, no entanto, de usar o aerogerador da WEG nas usinas que serão construídas pela Petrobras.

Participação em eólicas offshore no exterior

Tolmasquim afirmou também que a empresa estuda comprar participações minoritárias em projetos eólicos offshore no exterior. O objetivo é ganhar uma maior experiência e compreensão do negócio.

“A gente está olhando também a possibilidade de, no exterior, entrar minoritariamente em parques eólicos offshore para, enquanto não sai a lei no Brasil, a gente ganhar experiências. Então, a gente está analisando também. Mas o nosso foco maior é aqui no Brasil.”

A iniciativa é parte do plano de expansão de geração renovável da empresa, que também anunciou a intenção de instalar 30 GW de eólicas offshore no país.

Os projetos ainda dependem, no entanto, da regulamentação da atividade, com a aprovação do marco legal da eólica offshore.