Energia para data centers

Odata aposta em data centers atendidos por renováveis e vê destaque para o Brasil

A companhia projeta que o Brasil deve se destacar no mercado global de data centers, mas também vê alternativa viável para a demanda por capacidade, utilizando energia limpa

Foto: Divulgação Odata
Foto: Divulgação Odata

BRASÍLIA – A Odata anunciou nesta quarta-feira (25/9) a ampliação do complexo eólico Assuruá IV, localizado em Xique-Xique, na Bahia. A expansão se deu por conta de um novo acordo com a Serena Energia.

O parque tem uma capacidade instalada de 212 megawatts e o aumento no volume contratado foi de 135%.

No Brasil, a Odata tem 100% do consumo dos data centers oriundos de usinas de geração renovável, das quais possui participação. A empresa atua com grandes provedores em nuvem e inteligência artificial.

“Fomos o primeiro fornecedor de data center de hiper escala no Brasil a ter 100% do consumo a partir de investimento direto em fontes renováveis. Estamos felizes por essa solução estar sendo adotada pela indústria, contribuindo significativamente para a transformação do país em um hub estratégico e ecológico para o setor de data centers”, afirmou Ricardo Alario, CEO da Odata.

A companhia projeta que o Brasil deve se destacar no mercado global de data centers, mas também como uma alternativa viável para a demanda por capacidade, utilizando energia limpa.

A Serena é uma empresa geradora e comercializadora de energia no mercado livre, com um portfólio com capacidade suficiente para fornecer energia a elétrica a 4,2 milhões de domicílios.

Data centers aquecem demanda futura de energia

Entre maio e agosto de 2024, dez novos projetos de centros de processamento de dados iniciaram o processo de acesso à rede básica de energia elétrica, segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME) indicando uma demanda que pode chegar a 9 GW até 2035.

Até agosto, o MME contabilizou 22 projetos registrados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia com pedidos de acesso à rede de transmissão. Em maio eram 12, com uma demanda máxima de 2,5 GW até 2037 – ou seja, houve um crescimento de 3,6 vezes no intervalo de apenas quatro meses.