Demora na regulamentação

Governo publica resolução que cria grupo de trabalho para regulamentar eólicas offshore

Criação do grupo de trabalho sobre as regras para geração no mar foi aprovada na reunião do CNPE de 1º de outubro

Demora na lei que cai criar o marco legal das eólicas offshore impacta desde indústria de suprimentos até hidrogênio verde (H2V). Na imagem: Turbinas eólicas em alto mar para geração offshore (Foto: Elke/Pixabay)
Eólicas offshore dependem de definições regulatórias para saírem do papel no Brasil (Foto: Elke/Pixabay)

CAMPINAS — O governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira (14/10) a resolução aprovada na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que cria o grupo de trabalho para regulamentar o marco legal das eólicas offshore.

O Ministério de Minas e Energia (MME) coordenará o grupo, que terá participação de 23 instituições e poderá incluir representantes do setor produtivo e da sociedade civil.

Entre as principais questões que o colegiado deverá estabelecer estão:

  • definição locacional prévia;
  • regras para solicitação de Declaração de Interferência Prévia (DIP);
  • critérios de qualificação técnica e econômico-financeira;
  • sanções aplicáveis em caso de descumprimento de obrigações;
  • criação de um Portal Único de Gestão de Áreas Offshore.

Além disso, o grupo deverá realizar estudos técnicos sobre coexistência entre a geração de energia e atividades de pesca, segurança na navegação e necessidades portuárias.

Segundo o secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Gustavo Ataíde, o grupo terá prazo de até 270 dias e a proposta de decreto será entregue somente no primeiro semestre do ano que vem.

Entretanto, o anúncio do grupo deixou o setor desesperançoso com a realização do primeiro leilão de cessão de áreas para geração em alto mar no país ainda em 2026, no terceiro governo Lula.

A criação do grupo foi vista por investidores como mais uma postergação para o leilão das eólicas offshore , frustrando expectativas.

Fontes relataram à agência eixos que fica uma percepção de que o Brasil segue perdendo oportunidades para outros países, em especial no momento em que investimentos fogem dos Estados Unidos, devido às políticas “anti-eólicas” do governo Donald Trump.

Confira a resolução na íntegra.

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