BRASÍLIA — O Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e a fabricante chinesa de turbinas eólicas Mingyang assinaram acordo de cooperação, nesta quinta-feira (24), para atividades relacionadas ao mercado de eólica offshore no Rio Grande do Norte.
A intenção é desenvolver a capacitação local para a atividade. O estado reúne 25,5 GW em projetos com pedidos de licenciamento no Ibama, do total de 234 GW em potenciais projetos na costa brasileira.
Segundo o ISI-ER, estão previstos estudos que vão desde a prospecção até o descomissionamento de aerogeradores instalados no mar, além de avaliações da cadeia de suprimentos e de rotas tecnológicas e logísticas do setor.
A parceria terá vigência inicial de cinco anos.
“De um lado, a empresa passa a entender o potencial de desenvolvimento de soluções do offshore para o Brasil e, de outro, o Senai passa a conhecer melhor as tecnologias que estão sendo usadas no ambiente offshore para a geração de energia no mundo”, comenta o diretor do Senai do Rio Grande do Norte e do ISI-ER, Rodrigo Mello.
Mundo instalou 11 GW de nova capacidade eólica offshore em 2023
A indústria eólica instalou 10,8 GW de nova capacidade offshore em 2023, elevando o total global para 75,2 GW, e caminha para novos recordes, aponta o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, em inglês).
No ano passado, apesar dos desafios macroeconômicos enfrentados pelo setor em alguns mercados-chave, houve um crescimento de 24% em nova capacidade em relação a 2022. Na avaliação do GWEC, essa taxa de crescimento deve continuar até 2030, mantido o cenário político atual.
Nos próximos dez anos, a expectativa é que sejam instalados 410 GW de nova capacidade eólica offshore, alinhando a implantação da energia eólica offshore com as metas globais de instalação de 380 GW até 2030. A maior parte disso ocorrerá na virada da década, com dois terços instalados entre 2029 e 2033.