RIO — O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, afirmou, nesta quarta-feira (18/5), que a companhia estuda entrar no segmento de eólicas offshore no longo prazo.
“A energia eólica offshore é uma das alternativas em estudo para a atuação da nossa companhia a longo prazo”, disse o executivo, ao participar de evento sobre o mercado global de carbono.
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Segundo ele, a Petrobras já possui uma carta de intenções com a Equinor para colaborar com o projeto eólico offshore Aracatu, da companhia norueguesa, na Bacia de Campos.
Coelho acredita que a Petrobras pode utilizar sua expertise em operações em águas profundas e ultra profundas, para desenvolver projetos de eólicas em alto mar.
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Nos últimos anos, a estratégia adotada pela companhia tem sido concentrar os investimentos na exploração e produção de óleo e gás, com foco no pré-sal. A empresa vendeu ativos de geração eólica onshore e biocombustíveis, por exemplo.
Diante da pressão crescente de investidores sobre os planos das petroleiras para a transição energética, a estatal estuda novos negócios.
A expectativa é que os estudos deem, ao longo do ano, alguma indicação sobre o caminho a ser tomado pela companhia no futuro. O assunto deve ser avaliado na ocasião da revisão do plano estratégico da empresa, no fim do ano.
Transição lenta
Na avaliação de Coelho, a transição energética será lenta e o petróleo ainda será relevante por um longo período.
“Mesmo no cenário mais acelerado de transição, o mundo demandará petróleo por décadas”, afirmou.
Antes de apostar na transição para fontes renováveis, a estratégia de descarbonização da Petrobras se baseia na redução das emissões de suas próprias atividades petrolíferas, para produção de um óleo com menor pegada de carbono.
Entre as ações adotadas pela companhia, nesse sentido, está o programa de captura e armazenamento e uso de carbono (CCUS, na sigla em inglês).
Ele também mencionou o investimento de US$ 300 milhões, previsto até 2026, em melhorias que aumentem a eficiência e o desempenho operacional das refinarias — o programa RefTOP — Refino de Classe Mundial.
Os aportes serão aplicados nas unidades que estão fora do plano de desinvestimentos da Petrobras, como a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, e as refinarias Presidente Bernardes (RPBC), de Capuava (Recap), Paulinia (Replan) e Henrique Lage (Revap), em São Paulo;
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