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Entenda a disputa que pode levar a mudanças na Petrobras

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Entenda a disputa que pode levar a mudanças na presidência da Petrobras, após especulações sobre possível saída de Jean Paul Prates. Na imagem: Lula em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, no Palácio do Planalto, em 11/3/2024 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Lula em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, no Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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  • Entenda a disputa que pode mudar comando da Petrobras

  • Taxação vai deixar muito óleo para trás, diz Prio

  • Elétricos e híbridos chineses alavancam importações

  • Japão planeja produzir hidrogênio com nuclear em 2028

 

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A sexta-feira (5/4) começa com expectativa sobre o destino do comando da Petrobras. O dia de ontem foi marcado por especulações no mercado financeiro e no governo federal sobre a possível saída de Jean Paul Prates da presidência da estatal e a distribuição dos dividendos extraordinários da empresa.

No fim da manhã, a colunista da CNN Raquel Landim publicou que a saída de Prates era iminente e que o mais cotado para assumir o cargo é o atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

  • A notícia derrubou as ações preferenciais da empresa, que chegaram a cair 1,28% por volta de 12h.

Logo depois, a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globopublicou que, em reunião no Palácio do Planalto, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Rui Costa, da Casa Civil, decidiram pagar os dividendos extraordinários da Petrobras que foram retidos pelo conselho de administração em março.

  • Com isso, as ações da empresa dispararam 5% até que a Petrobras divulgou uma nota negando que houvesse qualquer nova decisão sobre a distribuição dos dividendos extraordinários.
  • No fim do dia, as ações da estatal acabaram caindo 1,15% na B3.

Os dois temas estão ligados. A pressão para a saída de Prates se tornou mais forte quando ele se absteve de votar pela retenção dos R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários da estatal na última reunião do conselho. Todos os representantes do governo federal apoiaram a medida.

  • Após a reação negativa do mercado financeiro, Lula disse na ocasião que a Petrobras não poderia pensar só nos acionistas e que ele não pode atender à “choradeira do mercado”.
  • Nesta quarta-feira, Alexandre Silveira disse à Folha que, se Prates tivesse votado com o conselho “não teria tido barulho”.
  • O ministro reconheceu que há um conflito com o presidente da Petrobras, mas disse que as divergências são “salutares” e não pessoais.
  • Prates, por sua vez, disse que a decisão sobre os dividendos não for ordenada por Lula.

Caso haja uma mudança e os dividendos sejam distribuídos, o governo federal deve receber pelo menos R$ 12 bilhões dos ganhos extraordinários, já que é o principal acionista.

Enquanto mercado e imprensa debatiam as informações conflitantes, Prates postou em sua conta no Twitter uma resposta à pergunta “Jean Paul vai sair da Petrobras?”:

  • “Acho que após às 20h02. Vai para casa jantar… E amanhã às 7h09 ele estará de volta na Empresa, pois sempre tem a agenda cheia.”

Petróleo sobe e Brent chega aos US$ 90. Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (4/4) após o Federal Reserve indicar calma com os cortes de juros dos EUA e Israel começar preparativos para uma possível retaliação do Irã.

– O barril de petróleo tipo Brent para junho subiu 1,45%, para US$ 90,65, na Intercontinental Exchange. O WTI para maio fechou em alta de 1,36%, a US$ 86,59 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Estados querem criar fundo soberano com petróleo da Foz. Sob liderança do Maranhão e do Amapá, os estados da região amazônica (exceto o Pará) querem levar ao governo Lula uma sugestão para destravar o processo de licenciamento para exploração de petróleo na Foz do Amazonas: a criação de um fundo soberano com parte dos recursos de royalties e participações especiais. Entenda.

Taxação pode deixar muito petróleo sem ser explorado, diz Prio. A indústria do petróleo, em especial os produtores independentes, vai precisar se adaptar a uma nova realidade de aumento da carga tributária e menos opções de financiamento, sob o risco de não conseguir viabilizar novos projetos, afirmou o diretor de Operações da Prio, Francilmar Fernandes, à agência epbr, durante o Vitória PetroShow. Veja a entrevista.

Venezuela promulga lei que anexa Essequibo. Nicolás Maduro promulgou uma lei que anexa ao país o território de Essequibo, na Guiana, e o transforma em um estado venezuelano. A medida é mais um movimento na disputa centenária com o vizinho, que se acirrou nos últimos meses. A decisão foi classificada pelo governo da Guiana como um “ato ilícito”. Entenda.

Diálogos da Transição. Os carros elétricos e híbridos chineses impulsionaram o aumento de 46,4% no valor das importações de veículos no primeiro trimestre, mostraram os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). Veja os detalhes.

Japão avalia hidrogênio com nuclear. O governo japonês planeja começar a produzir hidrogênio de baixo carbono com energia nuclear a partir de 2028, após testes bem-sucedidos com um reator de altas temperaturas (HTTR), informou a Nikkei Asia.

Atlas e Hydro Rein inauguram 10ª maior solar. A Atlas Renewable Energy e a Hydro Rein começaram a operar, nesta quinta-feira (4/4), a usina solar fotovoltaica Boa Sorte, em Paracatu (MG). Com 438 MW de capacidade instalada, está entre as dez maiores do país. Veja o ranking.

Quem tenta concorrer com o gás no leilão das térmicas? Protagonistas no 1º leilão de reserva de capacidade, em 2021, as térmicas a gás natural vão disputar este ano com as hidrelétricas e podem ganhar a concorrência de mais fontes, biogás/biometano, hidrogênio, biomassa, baterias e até usinas a diesel e óleo combustível. Entenda o que está em jogo.

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