A Eneva recebeu da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), órgão de meio ambiente do Estado de Roraima, na última sexta-feira (26/11), a licença de operação da UTE Jaguatirica II, de 117 MW de potência, contratada no 1º leilão para atendimento aos sistemas isolados, realizado em 2019. É um projeto integrado que tem previsão de investimentos de R$ 1,8 bilhão.
A usina está atualmente em fase final de comissionamento, quando são realizados testes de confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos. A previsão de conclusão desta etapa é no final deste ano, permitindo o início da operação no sistema isolado de Roraima.
A empresa estima que a operação da usina vai reduzir em 35% as emissões de CO2 (Dióxido de Carbono) e 99% de Óxido de Nitrogênio, com o desligamento da capacidade de geração a diesel.
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Projeto integrado com Amazonas
O gás produzido no campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, será usado na geração de energia pela termelétrica O gás é liquefeito e transportado por carretas para Boa Vista, capital de Roraima.
A Eneva comprou Azulão da Petrobras em novembro de 2017 por US$ 54,5 milhões. A área foi descoberta em 1999 e declarada comercial em 2004, mas até sua venda – 13 anos depois – não foi colocada em operação pela estatal, que chegou a estudar diversos modelos de produção para o projeto.
Marcos do projeto de Azulão
- Maio de 2021: produção dos primeiros volumes de gás natural, para comissionamento da planta;
- Janeiro de 2020: aprovação de financiamento de R$ 1 bilhão do Banco da Amazônia;
- Outubro de 2019: enquadramento, pelo Ministério de Minas e Energia, da UTE térmica Jaguatirica II como projeto prioritário para emissão de debêntures incentivadas;
- Setembro de 2019: emissão de licença do IPAAM (Amazonas) para a construção das unidades de tratamento de gás natural e de liquefação em Azulão;
- Maio de 2019: Eneva negocia a energia de UTE Jaguatirica II no 1º leilão para um sistema isolado.