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Eneva avalia leilão de reserva de capacidade para expandir projeto da Celse

Empresa planeja expandir capacidade termelétrica em Sergipe e estrear mesa de comercialização de gás natural

Eneva avalia leilão de reserva de capacidade para expandir projeto termelétrico da Celse em Sergipe. Na imagem: UTE Porto de Sergipe I, em operação no início de 2020, integrada com terminal terminal de GNL (Foto: Divulgação Celse)
UTE Porto de Sergipe I em operação integrada com terminal de GNL (Foto: Divulgação Celse)

RIO – A Eneva avalia negociar o projeto de expansão da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) no leilão de reserva de capacidade previsto para agosto de 2024. A expansão pode chegar a 1,2 gigawatts (GW), com demanda de 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Em paralelo, a companhia trabalha para estrear no segundo semestre do ano a mesa de comercialização de gás natural, a partir do terminal de gás natural liquefeito (GNL) em Sergipe.

“Uma das avenidas de crescimento no estado é ampliar a capacidade térmica no complexo de Sergipe. Temos projetos licenciados e devemos participar do leilão de capacidade com a expansão da Celse”, disse o diretor executivo de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, Marcelo Lopes, durante o Sergipe Day na Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio, nesta terça-feira (12/3).

O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu na semana passada a consulta pública que vai debater as regras do leilão, que visa contratar potência, ou seja, a garantia de lastro para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Há possibilidade de contratação de termelétricas e hidrelétricas, que podem ser acionadas a qualquer momento para garantir o suprimento de energia.

Hoje, a operação em Sergipe consiste em uma usina em operação, a Porto de Sergipe I com 1,593 GW de capacidade, com duas turbinas em ciclo combinado, interligadas ao terminal de GNL. Todos os ativos foram comprados pela Eneva da New Fortress Energy.

Segundo Lopes, a expansão prevê mais três turbinas em ciclo aberto, com cerca de 400 megawatts de capacidade cada.

O terminal de GNL de Sergipe está sendo conectado à malha de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG). A conexão prevê R$ 340 milhões em investimentos e vai permitir à Eneva negociar acordos flexíveis de fornecimento de gás, sobretudo para o mercado termelétrico.

A companhia já tem um primeiro contrato de longo prazo com uma termelétrica a partir de 2026, que garante a oferta de molécula nas condições demandadas pelo setor elétrico, conforme o despacho.

Segundo Lopes, há expectativa de fechar novos acordos até o início da operação da mesa, no segundo semestre. A capacidade remanescente do terminal é de 15 milhões de metros cúbicos diários.

“Com a conexão do terminal à malha integrada, passamos a ter disponibilidade de molécula de GNL importará para ofertar um produto que acreditamos que é uma necessidade do mercado, que é flexibilidade”, disse

Esse vai ser o primeiro terminal privado no conectado à malha de gasodutos da TAG a ofertar flexibilidade de suprimento de gás.