Eneva avalia investimentos em termoelétricas de 5 GW entre Rio e Espírito Santo

Usinas podem ser desenvolvidas com importação de GNL ou até mesmo com construção de infraestrutura para gás nacional

Na imagem: Dois trabalhadores (homens, uniformizados e com óculos e capacetes) realizam inspeção em rede de dutos, na cor vermelha, em operação terrestre da Eneva na Bacia do Parnaíba, no Maranhão (Foto: Divulgação)
Operação onshore da Eneva na Bacia do Parnaíba, no Maranhão (Foto: Divulgação)

A Eneva está analisando investimentos em novas termoelétricas a gás natural com capacidade de 5 GW, no Rio de Janeiro e Espírito Santo. São usinas que podem ser desenvolvidas com a importação de gás natural liquefeito (GNL) ou até mesmo com a construção de infraestrutura para o gás nacional.

“Estamos trabalhando para participar de toda a cadeia de valor da geração termoelétrica”, afirma Lino Cançado, diretor de Operações da Eneva.

Um dos projetos é a usina termoelétrica Nossa Senhora de Fátima (1.355 MW ), em Macaé, no Norte Fluminense e desenvolvida pela Natural Energia.

A Eneva já tem autorização do CADE para aquisição de 75% da Nossa Senhora de Fátima e um acordo com a bp para fornecimento de GNL importado.

A aposta neste mercado é tão grande que a empresa está estudando entrar na comercialização de gás a partir da importação de GNL, ampliando os negócios da companhia, hoje focados em geração de energia e produção de gás.

Estuda entrar na comercialização de gás, desenvolver projetos de pequena escala e, no médio e longo prazo, comercializar a molécula de outras produtoras nacionais.

Primeiro alvo são os mercados das regiões Norte e Nordeste, onde a Eneva busca clientes industriais interessados em substituir o óleo diesel por gás natural.

A ideia é aproveitar o gás natural sobressalente descoberto no projeto de Azulão para atender aos novos clientes com GNL distribuído por caminhões.

“Podemos levar fornecimento contínuo para muitos clientes que estão nessa região e também contribuir para a descarbonização”‘, comenta Camila Schoti, gerente geral de Trading e Comercialização da Eneva.

Em Azulão, na Bacia do Amazonas, a empresa vai produzir, liquefazer gás natural e transportar por caminhões para Roraima, onde constrói a usina Jaguatirica II. O projeto venceu o 1º leilão para sistemas isolados, realizado em 2019, e tem previsão de investimento de R$ 1,8 bilhão

Campanhas de perfuração feitas recentemente pela empresa ampliaram em 60% o volume de gás natural 2P em Azulão, que ficou com estimativas de reservas da ordem de 5,851 bilhões de m³ de gás.

Aquisições no E&P

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Na semana passada, a Petrobras confirmou que a Eneva tem a melhor oferta pela compra do polo de Urucu, na Bacia do Solimões, também no estado do Amazonas.

Os campos estão conectados a Manaus por gasoduto. São ativos produtores de gás natural e petróleo leve que estão entre os maiores campos em terra no Brasil.

Além disso, a Petrobras está ofertando as quatro unidades de processamento de gás natural (UPGNs) e estações de tratamento e compressão, tanques de petróleo e esferas de GLP.

Em dezembro do ano passado, a Eneva arrematou sete blocos exploratórios no Amazonas, Mato Grosso do Sul e Goiás no 2º leilão da oferta permanente, além do campo de Juruá, no Solimões.

A Eneva é a única produtora da Bacia do Parnaíba, no Maranhão, onde desenvolveu o primeiro projeto integrado de exploração e produção de gás natural com geração de energia (gas-to-power).

Produz em cinco campos e tem outros quatro em desenvolvimento na região, em uma área superior a 40 km2. Possui rede própria de gasodutos com mais de 200 km e capacidade instalada de produção de 8,4 milhões de m3/dia de gás natural.

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