Após reestruturar a área de comercialização, a Eneva aposta no gás natural em 2021 para oferecer soluções customizadas e integradas de geração de energia aos consumidores que podem escolher o próprio fornecedor.
Vislumbrando o crescimento do mercado e a competitividade frente a combustíveis líquidos, a companhia tem oferecido a clientes uma oferta que pode combinar energia elétrica, gás natural e seus líquidos em produtos e serviços customizados.
Desde o ano passado, a empresa vem mapeando as oportunidades de negócios e engajando grandes clientes em todo o país, mas, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste, onde possui operações. Por lá, os setores de mineração, metalurgia, siderurgia, cimento e papel e celulose têm se destacado.
“Já estamos inseridos no interior do Maranhão e do Amazonas. Vamos usar nossa vantagem logística para democratizar a chegada do gás nas regiões de menor acesso”, explica o diretor financeiro da companhia, Marcelo Habibe.
Como essas regiões não estão conectadas à malha de gasodutos, a Eneva planeja replicar o mesmo modelo implementado no projeto termelétrico de Jaguatirica II, em Roraima: o abastecimento por meio de GNL.
A entrega será feita por modal rodoviário ou hidroviário. “Usaremos toda nossa expertise para levar gás aos consumidores que estão isolados e querem uma alternativa que dê mais competitividade a seus processos”, explica Camila Schoti, gerente-geral de Comercialização da Eneva.
De acordo com Schoti, há um grande interesse no mercado de gás, tanto no segmento de geração térmica quanto no industrial. “Acredito que o gás natural é uma solução complementar para geração de energia mais limpa.
Enxergamos uma oportunidade para substituição de combustíveis líquidos como o diesel e o óleo combustível pelo gás natural, com forte impacto econômico, social e ambiental”, diz.
A gerente reforça ainda que a Eneva está preparada para oferecer um portfólio completo de soluções, inclusive combinando com suprimento de energia elétrica, seja para geração em sistemas isolados, seja contratos do mercado livre de curto, médio e longo prazo e para formatar a melhor solução energética para cada cliente, a partir das suas necessidades e características.
“Nenhum segmento de mercado está descartado pela Eneva”, afirma.
A estratégia de comercialização não pretende se limitar a vender o gás produzido pelo grupo. A Eneva também quer oferecer serviços de comercialização para grandes produtores de gás, atuando como offtaker de gás para posterior venda a clientes industriais conectados à gasodutos.
Referência no setor – A confirmação no final do ano passado de um aumento de 60% nas reservas comprovadas de gás da Eneva dá fôlego aos planos da Comercializadora. Ao fim de dezembro, ao todo, a Eneva tinha 31,8 bilhões de metros cúbicos em reservas provadas e prováveis (2P) nas Bacias do Parnaíba e Amazonas, segundo relatório auditado pela GaffneyCline.
As reservas de gás da empresa na Bacia do Parnaíba, onde estão os seus principais ativos, fecharam o ano passado em 25,976 bilhões de metros cúbicos (bm³), ante 24,072 bm³ no fim de 2019. Já as reservas na Bacia do Amazonas cresceram para 5,851 bm³, contra 3,612 bm³ um ano antes.
Os volumes ainda devem crescer até o fim de 2021, devido ao avanço de campanhas de exploração.
Além disso, a companhia arrematou outros sete blocos exploratórios nas bacias terrestres do Amazonas e Paraná e o campo de Juruá na bacia do Solimões, no segundo ciclo da oferta permanente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizado em dezembro do ano passado.
“Hoje, as reservas de gás natural da companhia já são suficientes não somente para atender aos nossos projetos próprios de geração termelétrica, mas também para suprir outros consumidores. Por isso, queremos nos tornar referência no mercado livre de gás, oferecendo
soluções energéticas menos poluentes e mais econômicas, que nos ajudem a concretizar o nosso desejo de contribuir para a descarbonização da matriz”, conclui o diretor financeiro, Marcelo Habibe.
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