Mercado livre de energia

Grandes empresas anunciam contratos de autoprodução em energias renováveis no começo de 2025

Acordos foram fechados diretamente com as geradoras, a partir da migração ao mercado livre

Complexo eólico Oitis da Neoenergia (Foto Divulgação Iberdrola)
Complexo eólico de Oitis da Neoenergia, localizado no Piauí | Foto Divulgação Iberdrola

BRASÍLIA — Grandes grupos econômicos anunciaram acordos para consumir energia verde em suas atividades nas primeiras semanas de 2025. CCR, Ypê e Schulz passaram a optar por fontes renováveis, a partir de contratos de autoprodução.

Esses conglomerados assinaram contratos para se tornarem sócios ou para arrendar empreendimentos de geração de energia elétrica. Uma das vantagens é a isenção de encargos setoriais.

No mercado livre de energia, os contratos podem ser fechados diretamente com as geradoras, o que abre a possibilidade de comprar energia sem passar por distribuidoras

O grupo CCR, que atua no segmento de infraestrutura em mobilidade, passou a ser sócio de três parques do complexo eólico de Oitis, da Neoenergia, e localizados no Piauí.

O acordo inclui energia suficiente para atender 60% da demanda total de energia da CCR. Os montantes serão destinados a atender trens e metrôs da cidade de São Paulo.

A concessionária assumiu no ano passado um compromisso de ter 100% dos ativos abastecidos por fontes renováveis, o que foi possível com a migração ao mercado livre de energia.

Já a fabricante de produtos de limpeza Ypê consolidou um negócio de R$ 230 milhões junto à Casa dos Ventos. Os valores são referentes ao fornecimento de energia solar a partir de 2026, com duração de 15 anos.

Assim, a totalidade da eletricidade consumida pelas fábricas será renovável e fornecida pela Casa dos Ventos.

Em fevereiro de 2024, a Ypê já havia fechado um contrato de autoprodução no valor de R$ 250 milhões, com fornecimento a partir do Complexo Eólico Rio do Vento, no Rio Grande do Norte.

A Casa dos Ventos poderá acelerar o plano de hibridização dos ativos, aproveitando a geração solar intensa durante o dia e os ventos fortes das noites nordestinas.

Tanto a CCR quanto a Ypê vão adquirir certificados de compra de energia limpa do tipo I-REC para zerar a contagem de emissões de gases do efeito estufa.

Já a Schulz deu entrada no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para um parceria com a Elera Renováveis.

A fabricante catarinense de compressores e de montagem de peças para a indústria automotiva vai alcançar 100% do consumo de energia a partir de fontes renováveis.

Um parque com capacidade de 48 megawatts (MW) no Complexo Solar Janaúba, em Minas Gerais, fornecerá energia ao grupo.

O objetivo é evitar a emissão de 32 mil toneladas de CO2. Dessa maneira, a empresa antecipa para 2025 a meta prevista para 2030.

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