Geração de energia

Brasil expandirá matriz renovável em 10 GW em 2025, aponta Thymos

Consumo de energia geral do país deve crescer 4% em 2025 na comparação anual, em linha com o aumento registrado em 2024

Complexo Eólico de Fortim/CE (Foto Marcelo Ribeiro/Divulgação)
Complexo Eólico de Fortim/CE | Foto Marcelo Ribeiro/Divulgação

LYON – O Brasil vai expandir em 10 gigawatts (GW) a matriz elétrica renovável em 2025, aponta estudo (.pdf) da consultoria Thymos Energia. Em 2024, mais de 19 GW de energia entraram em operação, dos quais as fontes solar e eólica representaram 9,7 GW.

Com isso, o país chegou a 244 GW de potência instalada. Do total, 14% são da geração distribuída, modalidade na qual o consumidor gera a própria energia, que fechou 2024 com mais de 35 GW de potência acumulada em operação.

Segundo a Thymos, o crescimento da geração renovável traz desafios para o país. Um deles é o curtailment, ou corte de geração, que ocorre quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) desliga usinas solares e eólicas ao acionar outros tipos de fonte. No ano passado, cerca de 12.713 GWh foram cortados do sistema, sendo 74% de fonte eólica.

A diretora de Regulação e Estudos de Mercado da consultoria, Mayra Guimarães, afirma que, neste ano, o corte deve seguir ocorrendo, com volume concentrado no segundo semestre, por conta da maior disponibilidade de geração renovável.

Já o consumo de energia geral do país deve crescer 4% em 2025 na comparação anual, em linha com o aumento de 4,4% do consumo no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2024.

O mercado livre, por sua vez, deve atingir cerca de 41% do consumo do sistema. No ano passado, o ambiente de contratação livre registrou participação de 39% no consumo total de eletricidade, consequência da abertura para consumidores conectados em alta e média tensão.

“Mudanças regulatórias devem fomentar a ampliação da modalidade a partir da abertura total do setor e, consequentemente, teremos a definição de cronograma de liberação do acesso deste novo ambiente para todos os consumidores brasileiros”, diz Guimarães.

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