A Petrobras contratou o consórcio Shandong Kerui e Método Potencial a retomada das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj, em Itaboraí, no Rio de Janeiro. O contrato é avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. A meta é que a unidade esteja operacional até 2020, com capacidade para processar até 21 milhões de m3 por dia de gás natural.
A retomada do projeto é fundamental para a Petrobras, que precisa da UPGN para poder escoar o gás natural que será produzido em Mero e em outros campos do pré-sal da Bacia de Santos, que já a maior produtora de gás natural do país. De acordo com dados da ANP, foram produzidos na região 57,4 milhões de m3 por dia de gás natural em janeiro.
Mas o contrato também tem peso político e social. A retomada da obra do Comperj é um pleito antigo de deputados, prefeitos e vereadores de municípios do entorno. Por mais de uma vez, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, esteve reunido com prefeitos e deputados para discutir o tema. Em fevereiro do ano passado, Parente, garantiu aos prefeitos do Conleste a conclusão da UPGN. “Podem ter absoluta certeza de que a obra será reiniciada. Esta unidade tem que acontecer, é prioritária para nós”, declarou Parente na época.
Ontem, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, esteve visitando o projeto. “É bom saber que a Petrobras está retomando os investimentos nesta unidade, que vai processar o gás natural da extração de petróleo da camada do pré-sal”, disse. O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) e o deputado federal Dejorge Patricio (PRB-RJ) participaram da vista.