Três novas rotas para o gás da Bacia de Santos

Três novas rotas para o gás da Bacia de Santos
O secretário de Petróleo e Gás do MME, Márcio Félix, apresenta palestra sobre o mercado de gás brasileira na Arena Onip, na OTC 2019

HOUSTON – Três novas rotas para o escoamento do gás natural produzidos no pré-sal da Bacia de Santos estão em estudo, contou nesta quarta-feira, 8, o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, durante apresentação na Arena Onip, na OTC 2019. Somadas as rotas têm capacidade até 45 milhões de m3 por dia de gás natural.

A primeira rota apresentada é a Rota 4, que liga a produção do pré-sal até Praia Grande, no litoral paulista com um gasoduto de 275 km. O projeto teria capacidade para escoar entre 10 e 15 milhões de m3 por dia de gás natural. Este projeto já está em licenciamento desde 2014 pela Cosan, que é controladora da Comgás, distribuidora de gás natural no estado de São Paulo.

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A quinta rota de Santos é um gasoduto de 120 km de extensão ligando a produção de gás natural do pré-sal ao Porto do Açu, no Norte do Rio de Janeiro. Lá, a Gás Natural Açu está implantando um hub de gás natural com térmicas e terminais de GNL. O ramal teria capacidade para escoar entre 10 e 15 milhões de m3 por dia de gás natural.

Na última semana, a GNA – Gás Natural Açu, joint venture entre a Prumo Logística, BP e Siemens, recebeu a primeira das três turbinas a gás em ciclo combinado da UTE GNA I

“A chegada da primeira turbina da UTE GNA I é mais um importante marco para o progresso de nosso projeto. O complexo termelétrico que a GNA constrói no Porto do Açu contribuirá para a diversificação da matriz energética do Brasil e para a segurança energética por meio do gás natural, uma fonte de energia confiável e acessível”, afirma Bernardo Perseke, diretor-presidente da GNA.

A última rota em estudo em Santos é a Rota 6, um gasoduto de 120 km de extensão ligando o polo de produção do pré-sal ao Porto Central, na cidade de Presidente Kennedy, no Espírito Santo. O ramal também teria entre 10 e 15 milhões de m3 por dia de gás natural de capacidade.

O Porto Central, joint venture entre o Porto de Roterdã e a TPK Logística, recebeu licença de Ibama em agosto de 2018. A obra deve receber investimentos de R$ 3,5 bilhões e a licença foi comemorada pelo então governo do estado.

A Petrobras já possui atualmente três rotas para o escoamento de gás natural da Bacia de Santos.