A Statoil, que recentemente anunciou a mudança de nome para Equinor, iniciou o licenciamento ambiental de mais cinco poços no pré-sal da área de Norte de Carcará, projeto de partilha da produção arrematado no 2o leilão do pré-sal, realizado em outubro do ano passado e que licitou áreas unitizáveis. A empresa está licenciando também a realização de um teste de formação de curta duração no projeto. A campanha utilizará a base da Brasco, em Niterói, como apoio logístico.
A norueguesa adotou a mesma estratégia utilizada pela Shell para antecipar seu licenciamento nos projetos da partilha da produção antes mesmo de realizar sísmica na área. A Shell foi ao Ibama seu projeto um dia após assinar os contratos de partilha da produção e está licenciando a perfuração de outros cinco poços no pré-sal, sendo dois no bloco Sul de Gato do Mato, na Bacia de Santos, e outros três no bloco Alto de Cabo Frio Oeste, Bacia de Santos. A empresa pretende iniciar as campanhas de perfuração em janeiro de 2019.
A Statoil recebeu do Ibama licença ambiental para a perfuração de até sete poços na área do bloco exploratório BM-S-8, onde está a descoberta de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos. A licença, que é válida por quatro anos, libera também a realização de um teste de formação de curta duração em poço já existente. O primeiro poço do projeto começou a ser perfurado em fevereiro.
Um acordo com a Seadrill prevê a utilização da sonda West Saturn para a perfuração de um poço e a realização do teste. Dependendo dos resultados, a empresa pode exercer a opção de utilizar a sonda para a perfuração dos demais seis poços.
Esta é a primeira campanha de perfuração liberada para a Statoil em área do pré-sal. A petroleira norueguesa comprou em 2016 a participação da Petrobras no projeto. Em outubro do ano passado, logo após arrematar o bloco Norte de Carcará, o consórcio formado entre Statoil, ExxonMobil e Galp informou uma nova reorganização societária no projeto.
A Statoil, que adquiriu a participação de 66% da Petrobras no BM-S-8 por US$ 2,5 bilhões, vendeu para a ExxonMobil metade dessa parcela por US$ 1,3 bilhão. Além disso, acertou a venda de 3,5% e 3%, respectivamente, da parcela de 10% que comprou da Queiroz Galvão E&P na área para a ExxonMobil e Galp, operação que movimentou mais US$ 250 milhões.
A empresa não está apostando apenas no pré-sal brasileiro. Em dezembro, a Petrobras e a Statoil anunciaram que a norueguesa vai pagaria R$ 2,35 bilhões por 25% de participação no campo de Roncador, na Bacia de Campos. A Statoil se comprometeu a pagar mais US$ 550 milhões em investimentos contingentes para projetos de aumento de recuperação no campo, principal parceria entre as duas empresas.