Rui Costa ganha na Bahia e defende operação privada de campos maduros

Maior estado produtor de petróleo do Nordeste, a Bahia reelegeu Rui Costa, no 1º turno, com uma larga vantagem sobre o segundo colocado, Zé Ronaldo, candidato do DEM. Para o Senado, estão eleitos Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD).

Com 86% das urnas apuradas, Rui Costa tem mais de 75% dos votos válidos e a bancada do PT para a Câmara Federal tem 22% dos votos, o que pode eleger 13 deputados petistas do estado.

Para o setor de petróleo, Rui Costa vai em linha com anseios dos operadores onshore, que é assumir campos maduros que hoje estão, em sua maioria, sob controle da Petrobras.

O programa petista fala em “revitalizar a produção de petróleo e gás natural em campos maduros, apoiando e articulando sua transferência para operadoras privadas e incentivando o adensamento da sua cadeia produtiva de bens e serviços”.

Também dá atenção a projetos integrados de geração de energia a partir do gás natural, diz que pretende “atrair empreendimentos” do tipo e visa ao “adensamento da cadeia produtiva química e petroquímica”.

Já há um projeto do tipo na Bahia, no campo de Caburé, em que a Imetame pretende instalar a usina termoelétrica Prosperidade neste modelo de integração entre geração de energia e produção de gás em terra, os chamados projetos gas-to-wire.

O programa de Rui Costa também fala em “estimular a implantação de projetos de geração de energia eólica e solar fotovoltaica, fomentando, em particular, a geração distribuída, e geração térmica a biomassa”, além de desenvolver outras fontes de energias limpas, como o biogás.

A hegemonia do PT na Bahia já dura dez anos, desde a chegada de Jaques Wagner no governo do estado, na eleição de 2007, quando Lula foi reeleito presidente. Até aquele ano, o antigo PLF (atual Democratas) manteve a hegemonia estadual por 6 mandatos consecutivos e mais de quinze anos, desde 1991, sempre sob a liderança de Antônio Carlos Magalhães.