Privatização da Eletrobras chega ao Congresso este mês, afirma ministro

Paulo Guedes e Bento Albuquerque em reunião do CNPE de 29 de agosto de 2019
Paulo Guedes e Bento Albuquerque em reunião do CNPE de 29 de agosto de 2019

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o projeto de privatização da Eletrobras será concluído e enviado ao Congresso nas próximas duas semanas, “talvez até o dia 20”. Ele participou nesta segunda (9) de evento do setor de mineração, em Minas Gerais.

Informações do Valor Econômico.

Bento Albuquerque reforçou que a “Eletrobras perdeu sua capacidade de investimento”. Argumento que é muito utilizado pelos defensores da privatização, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ).

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Semana passada, Maia cobrou publicamente que o governo entre na articulação do projeto de venda de ações da empresa — o modelo final da privatização anda não foi apresentado pelo governo.

O plano que vem sendo falado por Bento Albuquerque e pelo ministério da Economia, de Paulo Guedes, é de uma capitalização, que leve à perda de controle acionário da União, em um processo de “descotização” de usinas.

Plano inclui o pagamento de bônus a ser pago pela empresa à União, para recontratar os projetos fora do regime de cotas. Promessa é reequilibrar as contas da Eletrobras.

“Eu fiz várias viagens internacionais, acabo de regressar da China, e o interesse deles para participar, particularmente, da Eletrobras é muito grande. Como nos EUA, na França, na Espanha, na Itália”, afirmou Bento Albuquerque.

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O ministro já afirmou, contudo, que a área nuclear não deve ser privatizada, o que excluiria dos planos de venda de empresa de Guedes a Eletronuclear e a INB (Indústrias Nucleares do Brasil). Paralelamente à capitalização da Eletrobras, o governo tenta atrair um parceiro privado para ser sócio e concluir Angra 3 e participar de um programa de expansão da energia nuclear no Brasil.

O ministro Paulo Guedes reafirmou que pretende vender todas as estatais no Brasil. “Eu quero privatizar todas as empresas estatais. A decisão é do Congresso”, disse em entrevista ao Valor.

Diz também que tem apoio de Bolsonaro: “O presidente está conosco na privatização. Todos os dias ele cobra: “Poxa Salim, tem que vender uma por semana! Está demorando muito!”, diz ele ao Salim Mattar, secretário de Desestatização e Desinvestimento”.

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