Energia

Petrobras e SBM Offshore fecham nova plataforma para o pré-sal

Navio-plataforma FPSO Ilhabela, construído no estaleiro Brasa, no Rio de Janeiro.

 

Foto: Divulgação / janeiro 2014
Navio-plataforma FPSO Ilhabela, construído no estaleiro Brasa, no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação / janeiro 2014

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (29/11) que assinou contrato com a SBM Offshore para afretamento do FPSO Alexandre de Gusmão, que será a quarta unidade de produção do campo de Mero, primeira área de partilha da produção no pré-sal da Bacia de Santos. O contrato de afretamento é de 22 anos e a produção está prevista para ser iniciada em 2025.

A plataforma terá capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás por dia. A unidade será interligada a 15 poços, sendo oito produtores de óleo, seis injetores de água e gás, um poço conversível de produtor para injetor de gás, através de uma infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e injeção e dutos flexíveis de serviços.

O campo de Mero é o terceiro maior do pré-sal e está localizado na área de Libra, operada pela Petrobras (40%) em parceria com a Shell (20%), TotalEnergies (20%), CNODC (10%), CNOOC (10%) e PPSA, que exerce papel de gestora desse contrato.

Outros FPSOs em construção 

A SBM Offshore também está construindo para a Petrobras o FPSO Sepetiba, que será instalado no módulo 2 de produção do campo de Mero. O contrato tem validade de 22,5 anos. A expectativa é que a unidade seja entregue à Petrobras para primeiro óleo em 2022.

E anunciou em julho que assinou contrato com a Petrobras para o afretamento por 26 anos do FPSO Almirante Tamandaré, que será instalado no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.

A unidade será a maior plataforma para produção de petróleo e gás já instalada no país, com capacidade de produção para 225 mil barris/dia de petróleo e 12 milhões de m3/dia de gás natural.

O FPSO tem previsão de entrada em operação no segundo semestre de 2024.

27 novas plataformas de produção

A Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) estima que o  desenvolvimento da produção dos atuais contratos de partilha da produção com os excedentes da cessão onerosa dos campos de Sépia e Atapu, que serão licitados pela ANP em 17 de dezembro, vão demandar US$ 99 bilhões até 2031, com demanda para novas 27 plataformas de produção do tipo FPSO e a perfuração de 416 poços. 

O estudo considera FPSOs com  capacidade entre 120 mil e 220 mil barris/dia e projeta investimentos para três anos anteriores ao primeiro óleo e no ano do primeiro óleo.  Indica ainda um poço produtor para cada 20 mil barris de capacidade do FPSO. Para cada poço produtor, um poço injetor, além de um poço exploratório por projeto. 

A estimativa foi apresentada  no 4º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo. Reveja abaixo.