A Petrobras anunciou nesta segunda (4/5) que está colocando à venda sua parcela de 33% e a operação do campo de Manati, em águas rasas da Bacia de Camamu, na Bahia. A empresa é sócia da Enauta (45%), Geopark(10%) e PetroRio (10%) no projeto.
O campo de Manati está a uma distância de 10km da costa do município de Cairú, Bahia, em lâmina d’água entre 35 e 50 m. Iniciou sua operação em 2009 e sua produção média em 2019 foi de 105 bpd de condensado e 1,269 milhão m3/dia de gás natural, a partir da plataforma fixa PMNT-1, que está interligada a seis poços produtores.
Há um mês, a Petrobras notificou suas sócias no campo de Manati sobre a intenção de reduzir o volume de gás natural previsto no contrato.
A Enauta confirmou que a Petrobras alega força maior, dada a queda na demanda por gás, energia e combustíveis no mercado brasileiro, em meio à crise de coronavírus. “A Enauta não concorda com os argumentos apresentados na notificação e analisa as alternativas que dispõe para evitar e/ou mitigar os riscos que tal medida por parte da Petrobras pode acarretar nos seus negócios”, informou a companhia, em nota.
De acordo com o balanço operacional da PetroRio, que não se manifestou até o momento sobre a notificação da Petrobras, o campo de Manati teve a sua produção praticamente suspensa em março, com 30 barris de óleo equivalentes (boe) produzidos por dia.
“A operação de Manati conta com um contrato de consumo mínimo (take-or-pay) anual equivalente a 1.574 boe por dia, garantindo previsibilidade na geração de caixa do campo”, afirmou a PetroRio.
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