A Perenco enxerga possibilidade de estender em pelo menos 20 anos a produção dos campos de Carapeba, Pargo e Vermelho, em águas rasas da Bacia de Campos. A empresa entende que é viável a reativação de pelo menos 50 poços nos campos, de acordo com o gerente de Operações, Guillaume Moulinier.
Moulinier participou na quinta (27) do Espaço do Conhecimento da Bacia de Campos, na Arena ONIP da Brasil Offshore 2019, em Macaé (RJ).
Em novembro de 2018, a Petrobras anunciou o acordo em que a Perenco comprou, por US$ 370 mil (R$ 1,4 bilhão), os campos de Pargo, Carapeba e Vermelho. A conclusão desses negócios significará uma nova escala para o mercado de campos maduros no Brasil, tanto em terra quanto em águas rasas.
“Estamos no Brasil para ficar pelo menos pelos próximos 20 anos, ou 30 anos. Enxergamos muito potencial no projeto de Pargo”, comentou Moulinier, que destacou o foco da empresa na revitalização de campos maduros.
A Petrobras, controladora majoritária dos campos maduros no Brasil, tem focado em seus novos projetos, tanto que estamos caminhando para mais um ano de recordes no pré-sal e declínio na Bacia de Campos. A petroleira já anunciou a captação de mais de US$ 823 milhões (R$ 3,2 bilhões) com vendas de ativos maduros.
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Campos já produziram quase 100 mil barris por dia
Carapeba, Pargo e Vermelho entraram em operação entre 1988 e 1989 e chegaram a produzir 97 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia em 1990, quando Pargo e Vermelho atingiram de o pico de produção. Em Carapeba, o auge foi em 1992, quando a produção combinada foi de 81 mil barris/dia. A produção média este ano está em 3,6 mil boe/dia.
Dos mais de 150 poços de produção já perfurados nos três campos, apenas 16 produziram em abril de 2019. Quantidade de poços ativos está em queda desde o fim da década de 1990, mas caíram drasticamente de 2016 em diante.
Os campos têm seis plataformas fixas produzindo, três em Vermelho, duas em Carapeba e uma em Pargo. As unidades operam desde o início da produção, há cerca de 30 anos.
A Petrobras fez os primeiros poços em Pargo na década de 1970 e o auge da atividade na região foi na década de 1980. Os últimos poços de produção perfurados na região, no campo de Carapeba, foi feitos em 1998. De lá para cá, a Petrobras fez algumas campanhas em Pargo e Carapeba com poços de exploração. O último poço foi perfurado em 2011.