A Perenco recebeu nesta quinta (12) a aprovação da ANP para assumir a operação dos campos de Carapeba, Pargo e Vermelho, em águas rasas na Bacia de Campos. A companhia comprou 100% dos ativos da Petrobras e tem planos de perfurar 50 poços para revitalizar a produção.
Há previsão de um período de transição da operação. A Perenco deve apresentar um novo plano de desenvolvimento para os ativos, incluindo garantias para abandono e desativação do campo. O cronograma ainda será apresentado à ANP.
Em novembro de 2018, a Petrobras anunciou o acordo de venda, por US$ 370 mil (R$ 1,4 bilhão), dos três campos.
A Petrobras, controladora majoritária dos campos maduros no Brasil, tem focado em seus novos projetos, tanto que estamos caminhando para mais um ano de recordes no pré-sal e declínio na Bacia de Campos. A petroleira já anunciou a captação de mais de US$ 823 milhões (R$ 3,2 bilhões) com vendas de ativos maduros.
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Campos já produziram quase 100 mil barris por dia
Carapeba, Pargo e Vermelho entraram em operação entre 1988 e 1989 e chegaram a produzir 97 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia em 1990, quando Pargo e Vermelho atingiram de o pico de produção. Em Carapeba, o auge foi em 1992, quando a produção combinada foi de 81 mil barris/dia. A produção média este ano está em 3,6 mil boe/dia.
Dos mais de 150 poços de produção já perfurados nos três campos, apenas 16 produziram em abril de 2019. Quantidade de poços ativos está em queda desde o fim da década de 1990, mas caíram drasticamente de 2016 em diante.
Os campos têm seis plataformas fixas produzindo, três em Vermelho, duas em Carapeba e uma em Pargo. As unidades operam desde o início da produção, há cerca de 30 anos.
A Petrobras fez os primeiros poços em Pargo na década de 1970 e o auge da atividade na região foi na década de 1980. Os últimos poços de produção perfurados na região, no campo de Carapeba, foi feitos em 1998. De lá para cá, a Petrobras fez algumas campanhas em Pargo e Carapeba com poços de exploração. O último poço foi perfurado em 2011.