O que a Petrobras vai testar em águas ultraprofundas de Sergipe?

O FPSO Cidade de São Vicente será responsável pelo TLD
O FPSO Cidade de São Vicente será responsável pelo TLD

O FPSO Cidade de São Vicente será responsável pelo TLD

A Petrobras e o Ibama realizam na próxima quinta-feira (14/12) e sábado (16/12) audiências públicas para discutir o licenciamento ambiental do Teste de Longa Duração que a petroleira fará no projeto de Farfan, em águas ultraprofundas do bloco exploratório BM-SEAL-11, na Bacia de Sergipe-Alagoas. Os encontros acontecem nas cidades de Coruipe, em Alagoas, e Aracajú, capital de Sergipe.

A Petrobras pretende iniciar no próximo ano o Teste de Longa Duração de Farfan, que deve durar seis meses. O TLD será realizado pela plataforma FPSO BW Cidade de São Vicente, que atualmente está na Bacia de Santos.
 
A plataforma será ancorada em lâmina d’água de 2.250 m. A produção média de óleo durante o do TLD será de 5.978 bpd, tendo como pico 7.119 bpd e a produção de gás de 500 mil m3 /d, devido a limitações de queima de gás. O óleo será escoado por offloading e o gás natural, consumido na própria plataforma.

O SEAL-M-426 é vizinho dos blocos SEAL-M-501 e SEAL-503, arrematados na 14ª rodada da ANP, realizada semana passada, pelo consórcio ExxonMobil (50%), Queiroz Galvão E&P (30%) e Murphy Oil (20%).  O consórcio ofertou R$ 67 milhões e R$ 42 milhões pelas áreas, respectivamente.

Mas o que o TLD vai testar?

O TLD do poço 3-SES-176D tem como objetivo principal esclarecer as incertezas técnicas sobre escoamento e dinâmicas do reservatório e testar a capacidade de produção e aquisição de dados do comportamento da pressão de fundo e das vazões de óleo e gás.

 A empresa também vai:

. analisar a modelagem geológica e de fluxo, de forma a embasar as previsões de comportamento no projeto de produção;

. identificar eventual presença de falhas, fraturas condutivas, permeabilidades horizontais e verticais, raio de drenagem, tamanho do aquífero e barreiras ao fluxo;

. avaliar o escoamento do óleo através de linhas submarinas, calibrando as correlações e resultando em previsões de produção mais confiáveis;

. adquirir informações essenciais para melhor definição dos futuros projetos de produção de petróleo e gás em Sergipe