A Petrobras anunciou que iniciou a venda do Refinaria da Pasadena, unidade com capacidade de processar 110 mil barris por dia e pivô de diversas polêmicas envolvendo escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato. A operação é coordenada pelo banco Evercore e as empresas precisam manifestar interesse até 23 de fevereiro para depois assinar acordos de confidencialidade.
A venda da Refinaria de Pasadena é o segundo projeto de desinvestimento da estatal lançado em 2018. Desde que o TCU liberou em meados de março do ano passado o Programa de Desinvestimentos e Parcerias da estatal, anunciou oficialmente 11 iniciativas para vendas de projetos, seja isoladamente ou em polos. Nos projetos de vende de campos terrestres e em terra agrupou ativos para conseguir mais rentabilidade.
São ao todo 102 projetos de desinvestimentos no E&P até o momento. O estado do Rio Grande do Norte, que concentra grande parte da venda dos campos maduros em terra, é o que mais possui projetos à venda. São 47 campos sendo vendidos, sendo 41 em terra em seis no mar.
No Rio de Janeiro, onde está localizada a Bacia de Campos, a empresa está vendendo 15 campos offshore, divido em quatro polos. A maior parte dos ativos engloba o projeto de venda dos campos em águas rasas da Petrobras e incluiu campos como Enchova e Vermelho. Também está sendo vendido o campo de Maromba, parceira com a Chevron em águas Profundas.
O Plano de Desinvestimentos e Parceiras é uma das principais medidas da atual gestão da Petrobras para reduzir seu endividamento, que no segundo trimestre estava na casa de R$ 100 bilhões. A meta da empresa é chegar em 2018 com alavancagem na casa de 2,5, um considerável redução na comparação com os 5,3 registrados em 2015. A estatal espera vender até o fim deste ano US$ 19,5 bilhões em ativos.
Desde que foi retomado após a adequação do TCU, a única venda oficialmente anunciada foi do campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, comprado pela Eneva por US$ 54,5 milhões.